Defesa do Consumidor

O amor torna-nos indefesos, dependentes, influenciáveis. Noutra ocasião, antes de ti, veria aquilo e colocaria aqui no blog sem hesitação, com aquela ironia, misto de gozo, misto de asco, que o tema sempre me sugere. E agora, por muito que ache aquelas imagens excelentes, a mão demorou e a consciência tremeu. Porque nunca te quero magoar.


Resta-me a esperança de que as tuas firmes convicções firmes tolerem as minhas firmes dúvidas. Porque é somente isso, meu amor. Ver para crer...



A Anita da vida real :)

Para continuar a descobrir aqui.

Diz que é uma espécie de entrevista

Para ler aqui.

Distância do Politicamente Correcto

Um dos melhores posts que li nos últimos tempos. Favor ler e reflectir:

"A «normalidade» exige intimidade. Em público ela é tão fabricada com qualquer outra coisa."

Soneto do Prazer Maior

"Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo."
Bocage

Se Bocage fosse brasileiro

Coisas interessantes que leio por aí:

"Duas coisas me movem - a palavra e a buceta".

Primeiro tem que levantar a certidão!

Via Random Precision

Freddie I

E esta para o love of my life. :)

"Love of My Life", Freddie Mercury

Freddie

Descubro pela Geração Rasca que passa-se hoje mais um ano sobre a morte do ícone Freddie Mercury. Por isso, em memória, uma das canções que marcam a história da música mundial. Enjoy.


"Bohemian Rhapsody", Queen

Aparências iludem*

* ou, "Às vezes um charuto é apenas um charuto" (Freud)

Só Sagres Bohémia




Nunca vi publicidade tão homofóbica. Só tem valor por um sentido: está a gerar um enorme buzz à sua volta mas..isso não compensa a estupidez.


Porque a possibilidade existe

"Uma nota final sobre o risco: quando falam do "perigo para a saúde pública" que este cozinheiro representa, os 3-juízes-3 da Relação confundem uma possibilidade teórica com um verdadeiro risco - e, sobre riscos, os juízes já deveriam saber alguma coisa. De facto, a possibilidade teórica de contágio pode existir, mas é negligenciável. Porquê? Porque também é teoricamente possível que um juiz com sida lance um perdigoto carregado de vírus que vá cair num corte aberto na cara de um advogado que ele tenha feito nessa manhã ao barbear-se e pode acontecer que esse advogado esteja particularmente debilitado e acabe por ficar infectado. Mas é demasiado rebuscado não é? Até porque os estudos dizem que é preciso uma entrada de uma grande quantidade de vírus vivos na corrente sanguínea para se verificar uma infecção e não se conhecem infecções causadas por perdigotos (ou cozinheiros). Talvez não justifique despedir juízes seropositivos.

José Vitor Malheiros, via Womenage a Trois

Cozinheiro de Alto Risco

"E quando toda a gente pensava que isto já estava a ir por caminhos consideravelmente perigosos, eis senão quando, depois do famoso acórdão sobre maus tratos a menor que dizia que umas bofetadas até fazem bem e do famoso acórdão sobre abuso sexual de um rapaz de 13 anos que diz que se o menor teve um orgasmo, isso comprova o consetimento, surge agora o esplendoroso acórdão que considera lícito o despedimento de um cozinheiro de uma unidade hoteleira com fundamento em doença crónica (concretamente, SIDA), invocando para tanto o perigo de contágio através de lágrimas ou suor que podem cair sobre a comida!
Eis a ignorância (de alguma) da magistratura portuguesa em todo o seu esplendor, despudoradamente plasmada em afirmações como esta: «ficou provado [que o cozinheiro] é portador de VIH e que este vírus existe no sangue, saliva, suor e lágrimas, podendo ser transmitido no caso de haver derrame de alguns destes fluídos sobre alimentos servidos a consumidores que tenham na boca uma ferida.».
E falo em ignorância despudoramente plasmada porque é preciso ter em conta que os senhores juízes que prolataram tão douta decisão tiveram acesso a dois relatórios médicos (clicar para ler o excelente relatório do Centro de Direito Biomédico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) defendendo que - como, aliás, já deveria ser do conhecimento de toda a gente minimamente informada, como se espera que os senhores juízes sejam, mormente os senhores juízes desembargadores que já não estão no primeiro patamar da carreira porque se assume que sejam pessoas mais capazes e competentes para exercerem a função jurisdicional -, apesar de o vírus estar na saliva e no suor, existem só três formas de transmissão do VIH: relações sexuais não protegidas, via endovenosa ou via materno-fetal. Assim sendo, se o despedimento se justificar apenas no alegado risco de transmissão de VIH, não há conhecimento científico que o sustente e, portanto, é ilícito.
E por falar em ilicitude, convém lembrar que o médico do hotel que deu o cozinheiro como definitivamente incapacitado para o exercício daquela actividade profissional, tendo informado a entidade patronal da situação clínica do seu paciente, violou as normas deontológicas médicas que o obrigam ao cumprimento escrupuloso do dever de sigilo profissional. Esperemos todos que a Ordem dos Médicos esteja atenta ao facto e, em conformidade, proceda à instauração do processo disciplinar e consequente sanção do clínico em causa.
Esperemos também, obviamente, que o Supremo Tribunal de Justiça, que já foi chamado a pronunciar-se sobre o assunto, reponha a Lei e a mais elementar Justiça, decidindo em sentido contrário aos tribunais de primeira instância e da Relação, sanando deste caso a ignorância, a tacanhez e a imprudência da decisões prévias (clicar para ler a sentença do Tribunal de Trabalho de Lisboa).
Toda esta infeliz história fez-me lembrar uma anedota que ainda no outro dia queria contar e não me recordava exactamente de como era [espanto e horror: a minha memória de elefante começa a evidenciar sinais de uso intensivo! :)]: «P. Qual a diferença entre Deus e um juiz? R. Deus sabe que não é um juiz.». Anedota, anedota, que é como quem diz. Primeiro, porque não faz rir; segundo, porque é uma verdade que origina muitas injustiças; terceiro, porque o que se espera de um juiz não é que ele se ache um deus, mas sim um servidor da Lei e do Direito, que aplica a justiça em nome do Povo e não contra o Povo. Vá lá, senhores conselheiros, vejam lá se, ao menos à terceira, não se esquecem disso."

Via Assumidamente

As Melhoras

É só impressão minha ou a Visão agora parece o Correio da Manhã? Ou o 24 Horas...Ele é "conheça a história de mulheres que foram casadas com homossexuais", ele é "conheça a vida privada de José Sócrates". O que é que se passa naquela redacção??
Melhor de tudo, só mesmo a tal terapeuta familiar, Margarida Cordo. Concordo com o Bruno Nogueira: desejo-lhe as melhoras...

Gia

Hoje, passado mais um aniversário desde a sua morte, recomendo vivamente um filme que vi à dias e que se tornou de imediato num dos meus preferidos: Gia - a história verídica de Gia Carangi (procurem google), uma das primeiras supermodelos da América e uma das primeiras mulheres a morrer de SIDA, com apenas 26 aninhos. O filme é triste mas arrebatador. E..tem a Angelina Jolie. :p

Simples. Rápido. Mas não indolor

"Quanto maior a capacidade de alguém para nos fazer feliz maior também a sua capacidade de nos magoar". Disse alguém. Mas só percebi hoje.

Silêncio que mata

Uma palavra pode matar. Mas o silêncio mata mais.

Muda

A mentira mata. Mas a verdade também.

Buraco no peito

"O essencial é invisível para os olhos."
Por isso, espeta-me uma faca no peito. Abre-me. Disseca-me. Arranca tudo o que não interessa. Tira-me o coração para fora. E quando o partires ao meio, verás o teu rosto nele, o teu cheiro nele, o teu gosto nele, aquelas covinhas que fazes quando sorris. Quando o cortares em pedaços, ele gritará o teu nome. Talvez quando me arrancares o coração. Talvez então percebas que estiveste lá desde o ínicio e que nunca mais vais conseguir sair de lá.

O que tu és

Não és segunda alternativa. Não és alucinação. Não és conveniência. Não és facilidade. Não és possibilidade. Não és depois de. Nem és quase. Não és sorte. Nem acaso. Por favor escuta-me. És escolha e determinação. És antes, agora e depois. És tudo. Ouve-me. És tudo.

Perdida sem ti

"Lost in Space", LightHouse Family

Hoje o Brasil está mais perto

"Pra Rua Me Levar", Ana Carolina e Seu Jorge

O caminho na estrada

Será que é impossível não ter um plano? Será assim tão mau como dizem?

"Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada
Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada"
in Ao Meu Encontro na Estrada,
Jorge Palma

Música do Dia

"Saving Us", Serj Tankian (SOAD)

Loucura

O amor torna-nos piegas, idiotas, infantis e sem sentido. Prometemos o possível e o impossível. Juramos o sempre e o nunca. Falamos com diminutivos, cutchi-cutchi, que enjoam os demais. Perdemos o medo e a noção de ridículo. Somos loucos à solta, sem rédeas ou regras.
Sei que estou louca. Ou apaixonada que, diga-se a verdade, é exactamente a mesma coisa. Por ti danço no meio da rua, brado aos céus que te amo, vou à praia em Dezembro e beijo-te debaixo da chuva. Por ti deixo tudo e todos. Parto e sou eu.

Vida a Cores

As nossas fotografias não serão a preto e branco. Somos almas indecifráveis e complexas que não cabem em dois tons. Não sei que cor és tu.

Num impulso diria que és branco como as pombas e como a neve. Porque, acima e antes de tudo, enches o meu coração de uma paz que eu nunca conseguirei descrever por mais tempo que viva. Só sei que pouso o meu olhar no teu, a minha mão na tua, e esqueço os dias maus, os medos e os fracassos. Relativizas tudo à minha volta e mostras-me o que realmente é importante, quando sorris e me chamas Amor, com esse sotaque tão teu.

Mas és também azul. Um azul do mar, profundo como os teus princípios, ou um azul do céu, onde apetece planar. És um azul sereno, dócil e afável. Aquele azul dos amigos, dos corações generosos e sempre disponíveis para acolher e amar.

Mas sem pensar muito, vejo em ti o vermelho escarlate dos amantes. Essa insaciável vontade de possuir e aquela louca crença de que a ti e a nós, nada é impossível. Tu és o desejo, a boca e o sexo. Animal. Selvagem e instintivo. Vermelho tinto. Vermelho de sangue.

E consegues ser o preto também, não o dizer seria mentir. Tens aqueles dias de negrume, de sombra onde te refugias, onde te escondes do mundo mau. E nesses dias, só consigo ser um feixe de luz, a quebrar aos poucos a escuridão onde te fechas. Só quero ser uma luz.

E és mais, muito mais. Um dia mais laranja, outro mais cinzento, outro mais como os teus olhos. Trouxeste um verdadeiro arco-íris para a minha vida! Por isso não te relacionarei a uma cor só. Para mim, és uma luz. Só isso, uma luz. A luz da minha vida.

Fotografia

"Eu quero, logo existes. Eu quero-te, logo existo".
Miguel Esteves Cardoso

O tempo perde-se-me entre os dedos enquanto olho com renovado encanto as tuas fotografias. Volto a apaixonar-me por ti. Com aquela mesma força de mar, como no inicío.
O teu sorriso imóvel e sossegado, aqui e para sempre. A tua imagem capturada para a eternidade, a única que escapará às rugas, às desilusões, ao cansaço com que a vida testa os mais aventureiros. Olho-te neste momento e tenho uma vontade súbita de te resgatar daquela fotografia. Poder prolongar o teu sorriso, ouvir de novo a gargalhada que lhe seguiu. Dar-te vida. Trazer-te para mim e construirmos um álbum só nosso, com polaroids que não serão a preto e branco, mas que dirão preto no branco, que eu só existo de tanto te querer.

Leitura Recomendada

Deus mora aqui.
Porque Deus talvez seja só isso: uma semente de bondade num coração inquieto que tenta descobrir-se no outro, como sucede contigo. Nesse caso, Deus mora mesmo aí. Não duvido.

Por qué no te callas

Um gesto sem precedentes: o Rei Juan Carlos, figura meramente institucional, a mandar calar Hugo Chavez. É preciso cojones!

É preciso é calma...num mês conseguem! :)

Ok, sei que não é o mais socialmente correcto estar a colocar aqui vídeos destes mas...está tão cómico que não resisti! :p
Ainda não sei do que gostei mais, se do "Ai que susto" (Di, desculpa mas lembrei de ti, embora não por estas razões, obviamente! :p ) ou do "Ai se fosse o meu!". Enjoy...



retirado daqui.

Apelo

Porque
não vens agora, que te quero
E adias esta urgencia?
Prometes-me o futuro e eu desespero
O futuro é o disfarce da impotência....

Hoje, aqui, já, neste momento,
Ou nunca mais.
A sombra do alento é o desalento
O desejo o imite dos mortais.

Onde estás Tu?

Ou sou eu que ando muito sensível ou passa-se qualquer coisa. Só sei que estas notícias não me saem da cabeça hoje...

Atropelamentos mortais em plena passadeira? Uma avó com os netos pequenos?

Até ao momento 12 mortos confirmados na colisão de um autocarro com um ligeiro, 42 feridos em estado grave ou muito grave, pessoas encarceradas, com a assistência de 5 helicópteros de socorro, 58 bombeiros e 19 viaturas?...Diz-se que vinham (ou iam) de Fátima.

A morte nunca fará sentido.
Este mundo é cruel. Demasiado cruel.

Sinais

Lembras-te de te dizer que sonhei connosco nas Berlengas?


Descoberto no Narcisicamente.

Música do Dia

Zero Assoluto, "Appena Prima Di Partire"

Encosta o teu corpo ao meu. Deixa-me enlaçar-te a cintura. Beijar-te a boca. Sentir o mar. Voar com o vento e ir dançar na lua...Contigo tudo é realizável.

Orfãos.

Quando a solução está nas nossas mãos, à distância da coragem que se possa ter, o mais que se pode pedir ao Criador é que desça lá de cima e nos pregue um par de estalos. Como só um pai faria.

Saramago visto no Brasil

Entrevista a José Saramago. Enjoy...





encontrado aqui.

Era tãaaao bem feita...

"Teria alguma piada se, por altura do próximo aperto de mão protocolar, Luís Amado, perfilado com os outros ministros, deixasse Sócrates de mão pendurada, virando-se de repente para cumprimentar o rapaz da bandeja dos acepipes. O PM, visivelmente incomodado, tentaria disfarçar, reciclando aquele princípio de aperto de mão num amplo gesto de quem leva a mão a coçar o couro cabeludo, mas a emenda de pouco lhe serviria pois, por empatia e algum espírito de rebeldia, todos os restantes ministros imitariam o seu gesto, no preciso momento em que o PM os tentava cumprimentar. Após sucessivas humilhações, possesso mas consciente de que chegara ao fim da fila, Sócrates esmurraria na cara o último ministro - digamos, Augusto Santos Silva - e desencadearia uma crise institucional."

Aqui.

Porreiro, pá!

Como é possível que este verdadeiro palhaço seja o nosso Primeiro-Ministro???

Não sei o que me irrita mais: a completa falta de educação para com Luís Amado, seu ministro, ou a típica atitude de mostrar aos estrangeiros que é um "porreiro, pá!".

Ao nosso, renuncia o aperto de mão, já aos outros, é abraços e palmadinhas nas costas. Coisas de "engenheiros".

Inadmissível...

(A lembrar aqueles doutores que imprimem cartões de visita com o honorário título de Sr. Prof. Doutor X incluso, só para terem as falsas simpatias de o riscarem à frente de alguns, dizendo "Mas, isto para si...esqueça o Sr. Prof. Doutor,ok? Para si é só X").