Mamuska (úlcera varicosa)
Noto-lhe o esforço sofrido para conseguir sorrir, mostrar que ainda está tudo bem mesmo que não esteja, a dificuldade a subir as escadas, o tamanho monstro daquela que a deveria levar a todo o lado. Vejo-lhe a irritação de quem não há-de ser nunca coitadinha, a sensatez de quem sabe que há males piores e de quem já entendeu que o tempo é sempre muito curto. Isto sim, é importante. Ela o mais importante. O resto não é nada.
(e venosa é tão parecido com venenosa)
(e venosa é tão parecido com venenosa)
Bonança (já passou?)
"Estou cada vez fartinha das pessoas "a vida é linda" e "oh captain, my captain" e avó cantigas. Não, a vida não é um mar de rosas e não, não é obrigatório ter um sorriso nos lábios e ter como reflexo de pavlov mostrar a dentição toda quando se sai de casa. Saturada da exigência de perfeição, seja fisica, seja mental. Life is not like a movie, porra e há dias bons e dias maus. Há dias em que tudo vai abaixo e outros em que tudo corre bem, conhecemos pessoas que nos levam ao céu e outras que nos apresentam o inferno, há meses em que conseguimos poupar e outros em que temos de recorrer ao cartão de crédito, isso sim, é a vidinha do povinho, nada de fotos de revistas plastificadas que só mostram o lado A tapando com a publicidade a um creme qualquer o lado B. E estou saturadinha da silva sentir-me a única assim, a que tem dias maus, parece que anda tudo estupidamente feliz e resolvido, foda-se mas quem é resolvido aqui? quem é que tem tudo nas gavetas arrumadinho, pá? é que não entendo como se faz, não percebo como não há nada que possa beliscar os outros, preocupar ou chatear. Essa gentinha que não se preocupa nem se chateia não faz o mundo avançar, está sempre tudo bem, tudo lindo tudo fofo, merda para eles mais as suas perfeições. Como é que se progride se não se mete nada em causa? como é que se cresce se não se faz merda? Como se tem dignidade quando não se a apanha do chão? sempre high, sempre high, só com cocaína, pá.
as pessoas acham má educação falar de boca cheia mas não se importam de o fazer com a cabeça oca."
as pessoas acham má educação falar de boca cheia mas não se importam de o fazer com a cabeça oca."
pela Margarida, no Sem Filtro
Sintomas: saudável
Recordar, sem apoios, um trecho da Primeira Carta de Paulo de Tarso aos Coríntios (cântico do amor).
Everybody is looking for something
Sabes cada vez menos, demoras-te cada vez mais. Evolução, progresso, ora pois. E tu não vês, o que parece nem sempre é. Uma impaciência que pode parecer arrogância. Até onde vai a tua mentira. Abrigas-te numa noite vazia e ainda pensas que o mundo está aí, perdido num suspiro que te fugiu. Quantos disfarces, quantas histórias reinventadas, quantas ainda a criar. Segura-te ao que puderes, não os oiças, eles não sabem nada de ti e tu não sabes nada deles. O cérebro é um lugar estranho onde tu não querias viver. E contudo. Onde está? Onde perdeste? Continuas a perguntar, ignorante que não entende que perguntar não adianta. As perguntas dão muito trabalho, as respostas podem dar muito mais. Porque procuras? É o que é, é o que é.
Real Combo Lisbonense + BFachada + Vitorino
Não concorrer a bilhetes duplos: há o enorme risco de os ganhares e depois não teres quem levar.
Filmes com direito a pipocas
Talvez no Inverno, se não fizer calor, ou se não fizer frio, ou qualquer outro argumento. Peço demais?
O mundo continuará sem ti
"Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.
Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.
Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.
É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua".
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.
Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.
Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.
É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua".
José Saramago,
redescoberto na Jugular
redescoberto na Jugular
Parabéns Di!
Professora de J's. Caixinha dos segredos. Cabrita. Di. Todos os nomes e sempre a mesma sensação. Feliz aniversário. Abraço de mi para ti*
Neglect Syndrome
Não sei negligenciar o lado do coração - dir-me-ás que na realidade o coração não está à esquerda mas não me vou importar - e é por isso que o sinto com mais força quando me dizes "vou-te escrever um poema". Obrigada, minha querida.
Terapia: charminho impossível de recaída
O problema não são os jogos proibidos. O problema é eu gostar de jogar.
Part-time lover, full-time friend
Uma frase, uma só palavra, um gesto que surge no momento mais inesperado e sem aquela preparação prévia que amaina o alarme que é o coração. E uma sensação de desarme enorme. Assim. Desarmada.
Visitas de estudo: Salto Alto
Se passa as Doce, o Dartacão, o You can leave your hat on e as Taras e Manias então eu gosto, obviamente.
The same old question
Há o perigo enorme de achares que tudo seria diferente se noutro tempo e noutro espaço. Mas seria?
Mulher tcharan
Dizem que o meu tipo não é aquele, mas antes tcharan e chamam o teu nome como exemplo, calma e todavia vistosa e explosiva, presença presente e visível sem a provocação de uma existência forçada. E surge-me um infantil orgulho na constatação, afinal o mesmo de sempre, o da escolha e da posse, ver e ser vista. E, como se natural, a cumplicidade que nos ficou obriga-me a de imediato te dar conta deste facto, do apelido engraçado que agora ganhas, partilhar algo que ainda nos une num nome. Oiço o teu riso. Sei que ris. És exemplo, base e princípio.
Essa rapariga
Ouviu o meu discurso e as minhas queixas e depois, sem vergonha ou subterfúgios, perguntou o que lhe pareceu óbvio e que eu há algum tempo preferi não perguntar a mim própria: mas tu estás apaixonada por essa rapariga?
(e esta música)
VIP
2 semanas de férias e 150 emails para ler no regresso (é certo que metade eram apenas notificações mas isso não interessa): às vezes até me sinto importante à custa destas insignificâncias.
Guilty Pleasure
Isto e os sertanejos de Victor e Leo, Cesar Menotti e Fabiano, Hugo Pena e Gabriel e quaisquer outras duplas com nomes afins. A culpa é do Verão, pois claro.
O que é aquilo??*
Há situações que só me acontecem a mim, tenho a certeza.
* ou adoro a sinceridade que nos ficou
* ou adoro a sinceridade que nos ficou
O insustentável peso das expectativas
Tem toda a razão: não apenas o muito que exigimos, mas sobretudo o ínfimo que esperamos.
O egoísmo do amor
Quando alguém chega a casa e uma das primeiras perguntas que faz é "quando é que te vais embora?" isso deve querer significar alguma coisa.
Fazer o estilo: inha
"Não gosto" quando os meus amigos sabem mais de mim e primeiro do que eu. És capaz de ter razão.
There's no one I would rather be with @ 0h
And there’s no one I would rather be with,
Nothing I would rather do,
Cause I’ve got this dream, this heart that beats,
Outside this silent world, and I’ve got you.
Lekas
A única pessoa a quem admito apelidar "opção". A que me gosta, mesmo com o apesar de.
(Obrigada. Soldi.)
(Obrigada. Soldi.)
A tal
Ela - A Marisa é a tal.
(...)
Eu - És uma querida por teres dito que eu era a tal.
Ela - Mas é verdade, tu és.
(São momentos destes que me deixam com o coração muito apertado, quando sei que tu também és a tal. Obrigada. Isto é amor.)
(...)
Eu - És uma querida por teres dito que eu era a tal.
Ela - Mas é verdade, tu és.
(São momentos destes que me deixam com o coração muito apertado, quando sei que tu também és a tal. Obrigada. Isto é amor.)
Rehab (1º passo)
Admitir, sem vergonha, que estou sozinha e que não gosto de estar sozinha. Como hoje.
INR
Não dizes a ninguém. Sabes as probabilidades remotas. Achas que ainda é cedo. Talvez nunca aconteça sequer. Mas por um momento olhaste as cores, o tamanho e sentiste um pequenino medo. Não por ti.
Shrink
I don't think life is absurd. I think we are all here for a huge purpose. I think we shrink from the immensity of the purpose we are here for.
Norman Mailer
Gestão de Requisitos: the one with the list
As minhas perguntas parecem uma entrevista de emprego ou uma checklist. Não faças uma lista. As pessoas não cabem em listas.
Breathe. Love. Repeat.
Um inesperado conforto, de quem nada precisa de provar, sem jogos de causa e consequência, só o brilho nos olhos de mar calmaria e a vida toda nas mãos abertas, a emprestar luz ao sol. Água que suaviza sentidos e sentimentos numa comunhão sagrada entre homem e mar, água és água tornas. Ir à praia sem ir à praia e o cheiro de sal no corpo, saboroso, apetecível, beijável. Caminhar num percurso que ninguém traçou, porque existe naquele momento que não se poderia adivinhar. Petiscos imensos, bichos feios como dedos dos pés mas ainda assim desejados, casas que espreitam e escondem, alguém tinha razão quando disse que o importante é o interior, assim se vê e se prova. Gelados apressados que não se contêm na morosidade do fim de tarde e desfalecem entre dedos desastrados. Rasgões de cor no céu, a beleza tornada palpável, é assim afinal a serenidade, tu. Os argumentos adoráveis de quem toma por opção não fazer a cama, não preguiça mas escolha, única, tão única como não usar perfume, o que te confunde a ti que sempre te prendeste a cheiros. O filme diferente, obviamente diferente, e uma conclusão que te chega a meio repentina e cheia de sentido - anoto a mão no volante, a mão nas mudanças, a mão no braço, e sei, preciso de outra mão, espaço para expandir as suas vontades inocentes. A sala vazia, duas pessoas lado a lado no escuro do cinema, o mundo ali concentrado. A música doce do genérico e uma vontade terna de continuar, continuamente recomeçar.
O dia soube-me bem e não precisa ela de se preocupar: o meu coração não está perdido, só escondido.
O dia soube-me bem e não precisa ela de se preocupar: o meu coração não está perdido, só escondido.
Logo na lata: Percebes
Italiano, sushi, cocktails, jantar, algo normal que não salpique e não seja constrangedor de comer numa primeira saída? Não. Percebes é que é.
Os meus convites estão cada vez mais originais. Oh God.
Os meus convites estão cada vez mais originais. Oh God.
Se eu podia estar sem o tornozelo inchado?
Podia mas não era a mesma coisa.
(ou como uma picada de mosquito se pode tornar numa aflita dor ao apoiar o pé se conjugada com muitas horas de pé durante o Alive)
(ou como uma picada de mosquito se pode tornar numa aflita dor ao apoiar o pé se conjugada com muitas horas de pé durante o Alive)
O caso Bruno contado por mim a uma brasileira @ Alive
Policial, capanga, goleiro, torcida: já podia ir viver para o Brasil sem dificuldades linguísticas creio.
Dá-lhe Falâncio @ Alive
O facto d' Os Homens da Luta terem o concerto à pinha às 3h da manhã deve poder significar algo, pá.
Pearl Jam @ Alive
Não entendo porque é que os BEP é que representavam a Selecção se os Pearl Jam é que até fazem uma música sobre Portugal.
(melhor concerto que já vi)
Amor fino: amo, porque amo, e amo para amar
O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há de ter porquê nem para quê. Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido, quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino.
Pe. António Vieira
Casino Rules
- Pedro Abrunhosa e Comité Caviar - 8 Julho
- Mafalda Veiga - 15 Julho
- Jorge Palma e Demitidos - 22 Julho
- Mayra Andrade - 29 Julho
- Jazzanova - 5 Agosto
- Muxima - 12 Agosto
- Tiago Bettencourt e Mantha - 19 Agosto
- Deolinda - 26 Agosto
- Nouvelle Vague meets Rui Pregal da Cunha - 2 Setembro
- Rui Veloso - 9 Setembro
Casino Estoril, Quintas-feiras, 23 horas.
- Mafalda Veiga - 15 Julho
- Jorge Palma e Demitidos - 22 Julho
- Mayra Andrade - 29 Julho
- Jazzanova - 5 Agosto
- Muxima - 12 Agosto
- Tiago Bettencourt e Mantha - 19 Agosto
- Deolinda - 26 Agosto
- Nouvelle Vague meets Rui Pregal da Cunha - 2 Setembro
- Rui Veloso - 9 Setembro
Casino Estoril, Quintas-feiras, 23 horas.
E agora venha a Hustler
Pois é, tem um editorial que mais parecia surgido de uma revista literária, tem entrevista a José Saramago e a Julião Sarmento - franca e sem descambar no banalismo, simples e sem tentações -, tem textos de Pedro Paixão e crónicas da Ana Garcia Martins (a Pipoca), tem cartoons pouco insinuosos, tem sugestões de livros, filmes e cds (até o Keith Jarret), tem viagens e compras. E, com sorte, lá pelo meio, com um certo recato que não imaginava para uma revista assim - mesmo sendo uma versão portuguesa -, lá se encontram algumas fotos da playmate do mês e outras com uma bombeira que, no meu entender, não é todo aquele fogo.
Se me desiludiu enquanto a revista icónica sexual, por outro lado, surpreendeu-me por ser afinal uma revista interessante, com outros interesses.
Se me desiludiu enquanto a revista icónica sexual, por outro lado, surpreendeu-me por ser afinal uma revista interessante, com outros interesses.
Duas coisas me movem
Compras: é realmente interessante verificar a expressão da senhora da caixa ao encontrar a Playboy entre o JL e a Ler.
Amizades com saldo positivo
Os bilhetes para Pearl Jam andam na net há volta dos 150 euros. É uma tentação não vender o meu.
So who's it gonna be?
Alex: See, this, this right here is your problem. You get all wrapped up and involved and you start caring about these people! Your patient in there? He's the moron. His son's never gonna give him what he wants and he's just gonna be disappointed! And the sooner he gets that the sooner you get it, and ...
Izzie: No, go on please. Be a selfish ass. Because then at least I know what to expect. This whole 'be a nice guy one minute and a total jerk the next' is getting really. Old. Alex. So who's it gonna be? Pick. One.
Izzie: No, go on please. Be a selfish ass. Because then at least I know what to expect. This whole 'be a nice guy one minute and a total jerk the next' is getting really. Old. Alex. So who's it gonna be? Pick. One.
Anatomia de Grey
As palavras e os gestos
Sou desajeitada em declarações mas preciso que me acredites que gosto de te ver feliz. Tudo o resto é só um pueril medo de te perder. E é só.
Faz todo o sentido II
"Depois da droga e da prostituição o que faz mais dinheiro é as aves."
de acordo com um conceituado criador de canários arlequim português
Faz todo o sentido
Eu - Ontem pensei em comprar-te um palácio.
Ela - Eu pensei em comprar-te uma pistola.
Ela - Eu pensei em comprar-te uma pistola.
E esta, hein?
E, de repente, voltei a prestar atenção ao Facebook, essa elegante máquina de voyeurismo onde todos somos amigos e irmãos, num harmonioso caminhar de rebanho, balindo em coro, entre likes e dislikes.
I'm Sentimental
I'm sentimental
So I walk in the rain
I've got some habits
Even I can't explain
I go to the the corner
and I end up in Spain
Why try to change me now
I sit and daydream
I've got daydreams galore
Cigarette ashes
There they go on the floor
I go away weekends
leave my key in the door
why try to change me now
Why can't I be more conventional
People talk
and they stare
So I try
But that can't be
Because I can't see
My strange little world
Just go passing me by
So let people wonder
Let 'em laugh
Let 'em frown
You know I'll love you
Till the moon's upside down
Don't you remember
I was always your clown
so Why try to change me now
Why can't I be more conventional
People talk
and they stare
So I try
But that can't be
Because I can't see
My strange little world
Just go passing me by
So let people wonder
Let 'em laugh
Let 'em frown
You know I'll love you
Till the moon's upside down
Just you remember
I was always your clown
so why try to change me
why would you want to change me
Why try to change me now
Não era suposto
Eu nunca te chamei assim, mas ela perguntou-me se eu tinha gostado da FIA e eu fui obrigada a lembrar-me do teu nome. As coisas que nos ficam.
Ana Carolina (coração)
Adoro as minhas amigas, que percebem que não ando bem, que dizem que não ando a mesma, que me fazem operações de resgate e que depois me ligam à meia-noite a informar que perdi um mega-concerto. Gosto de nós.
Este é aquele que tu tens
Disse-te que aprenderia a coser só para poder remendar o teu coração partido. Não aprendi a coser e, aldrabona e pouco hábil, pedi à costureira que se encarregasse de um trabalho que seria o meu. E depois desfiz tudo, ignorante e bruta que sou para conseguir tratar com delicadeza a preciosidade e raridade que a tua essência exige.
Aquele que tantos buscam, aquele que tantos tentaram remendar, dás-mo a mim, numa surpresa de entrega e reconciliação para a qual não estava preparada e pedes-me para não o partir. Há uma unicidade especial em ter-se o coração de alguém que me comove até onde poucos vão. Agradece-se? Faz-se para continuamente o merecer. Não o esquecerei.
Tenho maltratado tanto o teu coração com uma penosa consciência disso ainda que do mesmo não tenha a intenção. É difícil admitir a injustiça de um julgamento, sobretudo se também ele magoado de posse e ciúme. Mas as mãos escorregam e as palavras não voltam e aí a raíz de tudo o que se destrói inocentemente.
Embalo-te o coração, vaso seguro da intensidade das vidas, e prometo-me não mais te magoar. Quero cuidar do teu coração. Vou cuidar do meu coração, aquele me deste. Amigas.
Aquele que tantos buscam, aquele que tantos tentaram remendar, dás-mo a mim, numa surpresa de entrega e reconciliação para a qual não estava preparada e pedes-me para não o partir. Há uma unicidade especial em ter-se o coração de alguém que me comove até onde poucos vão. Agradece-se? Faz-se para continuamente o merecer. Não o esquecerei.
Tenho maltratado tanto o teu coração com uma penosa consciência disso ainda que do mesmo não tenha a intenção. É difícil admitir a injustiça de um julgamento, sobretudo se também ele magoado de posse e ciúme. Mas as mãos escorregam e as palavras não voltam e aí a raíz de tudo o que se destrói inocentemente.
Embalo-te o coração, vaso seguro da intensidade das vidas, e prometo-me não mais te magoar. Quero cuidar do teu coração. Vou cuidar do meu coração, aquele me deste. Amigas.
Pressupostos
Seria de esperar que quem já foi tão magoado soubesse quando magoa. Seria de esperar que quem perdoa tanto soubesse pedir desculpa.
É de esperar que isto não é um recado, mas o meu blogue.
Por que te escolhi?
"Ao contrário do que ouço por aí, a amizade não se merece.
O amor sim: engordamos dez quilos, perdemos os dentes, fornicamos cem vezes e lá vai o amor a voar pelo céu, rumo a paisagens mais aprazíveis. O amor é um assunto de pesos e halteres, plumas e encadeamentos - oh, que bem me lembro. Uma trabalheira de flores e poemas, ausências estudadas e presenças enigmáticas, o remake infinito da história do Capuchinho Vermelho.(...)
Os erros que sobram do Amor atribuem-se à Amizade. Esses, estendem-se pelo mundo em geografias de partilha ou antagonismo. E justificam-se pela incapacidade humana de discernimento num universo desertado pelos deuses e demasiado confuso. Acabamos por considerar o erro como um destino. Atingimos assim os cumes em que boa consciência e má vontade se unem para nos manter imóveis perante todas as atrocidades. Mas quem quer cansar-se a ouvir falar do bem e do mal, quem quer comprometer-se até à morte com os defeitos e qualidades de um outro, apenas em troca desse nada imenso que é a Amizade?"
O amor sim: engordamos dez quilos, perdemos os dentes, fornicamos cem vezes e lá vai o amor a voar pelo céu, rumo a paisagens mais aprazíveis. O amor é um assunto de pesos e halteres, plumas e encadeamentos - oh, que bem me lembro. Uma trabalheira de flores e poemas, ausências estudadas e presenças enigmáticas, o remake infinito da história do Capuchinho Vermelho.(...)
Os erros que sobram do Amor atribuem-se à Amizade. Esses, estendem-se pelo mundo em geografias de partilha ou antagonismo. E justificam-se pela incapacidade humana de discernimento num universo desertado pelos deuses e demasiado confuso. Acabamos por considerar o erro como um destino. Atingimos assim os cumes em que boa consciência e má vontade se unem para nos manter imóveis perante todas as atrocidades. Mas quem quer cansar-se a ouvir falar do bem e do mal, quem quer comprometer-se até à morte com os defeitos e qualidades de um outro, apenas em troca desse nada imenso que é a Amizade?"
Inês Pedrosa, Fazes-me Falta
(negrito meu)
(negrito meu)
(not just) Once
O mundo é curiosa e fascinantemente estranho. À conta de querer saber mais dela vi este filme. À conta do filme apaixonei-me por esta música. À conta da música fiquei contente de saber que The Swell Season tocam em Portugal em Outubro.
...
É preciso amar-se muito.
Cansei-te. Cansaste-te.
Disseram-se coisas. Demasiadas. Resoluções. só o básico. não. escusas. nunca mais. não vale a pena. desisto. fartei-me. Sou má?
Há um vazio que me ficou no peito. Dói-me este vazio. Já não sei do meu coração. E ela virá dizer-me eu avisei-te, eu avisei-te. E ela virá perguntar-me quantas vezes antes, quantas vezes mais.
Porque o resto é moldável, mas havia isto, simples, belo, genuíno. Isto era maior e intocável na sua proximidade à perfeição, sem aqueles perigos incontáveis do corpo, fonte de riscos. Eu acreditava muito. Acredito na amizade chamada amor ou no amor chamado amizade com uma devoção que me ultrapassa, a fé que tu não sabes explicar. E não sei o que fizémos disso. A vida prossegue sem mim, tão fácil continuar, tão pouco acrescento afinal e só eu, patética, dramática, carente, noto a falta que me fazes, só queria que estivesses, só boa noite, só querida, fofinha, princesa, como no início, esses nomes que enternecem no hábito e que o teu silêncio foi calando. Só é já tanto. O que se perdeu?
Uma ferida gritante que não me deixa juntar palavras, que me faz andar para trás e para a frente sem conseguir chegar a lado nenhum neste texto, e que não me deixa ainda olhar-te nos olhos, sabendo que se o fizer desabo na tua frente. Não uma vã tristeza, não esse precipitado chamamento da desilusão. Agora já não sei. Não te quero afastar, não quero que te afastes. Fica. Sinto tanto a tua falta. Abraça-me e mostra-me que todas as horas ainda são úteis se passadas comigo. Não vás e canta a olhar para mim enquanto sorrindo deslumbrada te fito. Não desistas de mim. Gosto tanto, tanto de ti. É preciso amar-se muito para se sentir assim. Tens razão, isto, em cima da mesa, é amor. Ever after.
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