That slow knowing smile

Amor e Humor

A senhora de 74 anos, camisa azul, sombra nos olhos azul e unhas azuis, desconhecida da mesa do lado, e que passou o almoço a contar-me anedotas, em Português, Inglês e Francês - uma das quais que já tinha contado ao Cavaco Silva -, e que diz algo tão simples e maravilhoso como "só tenho amor e humor".

A recepcionista que me perguntou se eu tinha os três (euros), sorriu envergonhada e eu não conseguir parar de rir pelo corredor do centro comercial.

O homem na livraria que ou pensava roubar um livro, ou tinha um grave problema de visão apesar de usar óculos, ou andava (in)discretamente a cheirar todos os livros que encontrava à frente.

Amanhã estar de férias e ter ali uma Vila de Rainhas (a melhor ginja de Óbidos, a par da Oppidum).

As pessoas do mundo e o mundo das pessoas. E terminar o dia com a sensação cheia de que a vida, nos seus infinitos pormenores e possibilidades, pode ser uma coisa fascinante e muito agradável.

Sinais dos tempos: provérbios

- O hábito faz o blogger.
- Link com link se paga.
- Quem bloga por gosto não cansa.
- Mais vale um post no blogue que dois no rascunho.
- Os posts não se medem aos palmos.
- Diz-me o teu blogroll, dir-te-ei quem és.
- Blogue que vai à frente alumia duas vezes.
- Mudam-se os tempos, mudam-se os templates.
- No melhor blogue cai a nódoa.
- Blogues não pagam dívidas.

The Final Countdown

Eu - Sabias que todos os dias recebo um email a avisar que "faltam X dias para terminar 2010"?
Ela - Tipo uma contagem decrescente?
Eu - Sim, pena é que é para pagar uma quota de sócia.

O mundo aqui tão perto

Foi preciso a notícia passar hoje, já final do ano, na Revista de 2010 para eu descobrir que já saíram as sentenças do caso Casa Pia.

Paredes: If in doubt, love

A não poder ser Julião Sarmento, será Gapingvoid.

Hygge: a beleza de um conceito

The Danish word Hygge (hu-gah) is a feeling or mood that comes from taking genuine pleasure in making ordinary everyday things simply extraordinary; whether it’s using real lights on a Christmas tree or breaking out the good wine when friends come over. It’s about owning things you only truly love or that inspire, being present in yourself and your life, putting effort into your home without being Martha Stewart or buying a bed in a bag. It’s about being conscious and authentic from home to work to friends to celebrations and making all events {no matter how big or small, mundane or exciting} matter. Words like cosiness, security, familiarity, comfort, reassurance, fellowship, simpleness and living well are often used to describe the idea of Hygge.

Some refer to Hygge as the Art of Creating Intimacy (with yourself, friends and home). Technology and modern day busy-ness has removed Americans from themselves, their homes and ordinary tasks, making them feel as though these things are hard to do, have no importance or are too time-consuming. Danes, however, only like to do things that are fun, nourish the soul and are familiar so they find ways to incorporate that into their daily life. By creating simple rituals without effort {such as brewing real tea with a little china cup every evening to stopping at the farmers market every week to buy flowers} the Danes see both the domestic and personal life as an art form and not every drudgery to get away from.

Taking pride in what you have now and not just what you dream are part of Danish life and Hygge. Think of it as what Chic is to the French; a lifestyle that can explain a table top to a dinner party to a charming house or a personal way of being. Basic, uncomplicated, un-exaggerated – Hygge!

So this is Christmas

Fissura

Perguntávamos pelas discussões com verdadeiro e mórbido interesse. Precisávamos muito de uma razão possível e plausível capaz de desculpar a tua ausência e o teu silêncio. Queríamos acreditar que, a te esqueceres de nós, tal só se seria possível porque estarias enclausurada, amedrontada e sob vigília de um animal violento, possessivo e castrador. Era a única explicação. Lógica até. Só sob condições de tortura e coerção se poderia justificar as mudanças ocorridas, de ti connosco e de ti contigo. Por isso perguntávamos muito, por isso queríamos muito saber. Porque precisávamos de encontrar a fissura que iria explicar tudo, aquela que sempre existe em contos de fadas demasiado perfeitos. Precisávamos dessa fissura para não termos de aceitar que estarias mais inteira agora, mesmo sem nós.

A Magia do Natal IV

Com a voz rouca com que estou, o meu Ho Ho Ho é digno de provocar inveja em qualquer Pai Natal.

A Magia do Natal III

Note to self: tentar não chorar a (re)ver o Bolt quando em frente de toda a família.

A Magia do Natal II

Acho espantoso que a TVI tenha decidido passar um filme chamado "Corrida Mortal" na noite de Natal. Depois admiram-se.

A Magia do Natal I

Ao contrário de outros Natais, naquela noite ela não dormira ansiosa e pensando em todos os presentes. Naquela noite a menina custou a adormecer, a pensar no significado daquilo tudo e triste porque o presente por que vem esperando há demasiado tempo, o mais importante de todos, tarda em chegar.

Pensava na mancha negra e difusa que estava presente e já não estava, o rosto marcado de rugas, um rasgo muito fino e quase doloroso a toldar-lhe a face, os olhos postos em lugar nenhum, tristeza, solidão, saudade, alguma coisa que não a sua avó ali estava.

Pensava nas prioridades trocadas, na ironia mordaz de certas palavras, na diferença nenhuma entre ir à missa ou ver a missa em casa sentado, na hipocrisia das missas em geral e na sua idiota convicção de pessoa melhor, na dificuldade de fazer durar a socialização, não houvesse televisão e seria uma carga de trabalhos, das perguntas e dos lugares vazios. Olhava-os aos dois e, acima de tudo, pensava que o amor não pode ser uma transacção.

Imediatamente antes de adormecer a menina quis de volta o tempo em que combinava teatrinhos com os primos e distribuía votos de Feliz Natal em conjunto com sugus de ananás. O Pai Natal descia pela chaminé e toda a gente parecia mais feliz.

A Magia do Natal

"Eu acho que o Pai Natal tem maminhas."

(meu adorável afilhado, 2,5 anos)

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas
Verdadeiro.
Sê.

Pablo Neruda

Why not try it all


(estes senhores vêm a Portugal em 2011)

Ten decisions shape your life,
you'll be aware of 5 about,
7 ways to go through school,
either you're noticed or left out,
7 ways to get ahead,
7 reasons to drop out,
when i said ' I can see me in your eyes',
you said 'I can see you in my bed',
that's not just friendship that's romance too,
you like music we can dance to,

Sit me down,
Shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you,

There is a time when we all fail,
some people take it pretty well,
some take it all out on themselves,
some they just take it out on friends,
oh everybody plays the game,
and if you don't you're called insane,

Don't don't don't don't it's not safe no more,
i've got to see you one more time,
soon you were born,
in 1984,

Sit me down,
shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you,

Everybody was well dressed,
and everybody was a mess,
6 things without fail you must do,
so that your woman loves just you,
oh all the girls played mental games,
and all the guys were dressed the same,

Why not try it all,
if you only remember it once,
oooh ooooooh,

Sit me down,
shut me up,
i'll calm down,
and i'll get along with you.

The transporter

Aparecia para levar umas coisas, trazer outras. Trazia alegria, calor, amor. Só ela conseguiu trazer a luz. Literalmente.

Ir à vida (?)

Dizer de algo que "foi à vida" quando deixa de funcionar é uma expressão deveras curiosa.

The Last Station: I'm also just a girl

Ela não era louca, caprichosa ou egoísta mas antes uma mulher apaixonada. No fundo, ela era também apenas uma mulher em frente ao seu marido pedindo-lhe que a ame.

The Last Station: amar demasiado a Humanidade


(...)
Parecia o género de pessoas que amava tanto tanto a humanidade que quase se esquecia de amar o homem que estava ali ao lado. Pensa primeiro em mudar o mundo do que em mudar-se a si próprio. Queria doar em testamento os direitos da sua obra ao povo russo, desfazer-se das suas propriedades e deixava desaustinada a condessa Sophia, aquela que foi musa, mãe dos seus 13 filhos, que lhe decifrou e copiou 6 vezes as suas garatujas da Guerra e Paz e lhe dava conselhos do enredo: "A Natacha nunca diria tal coisa ao príncipe Andrei".
(...)
Falamos do grande (assumimos a repetição do adjectivo) Tolstói mas na terceira etapa da sua vida. Já não era o jovem nobre que participou na Guerra da Crimeia e que cometia excessos, alvoroços e "ex-sexos" com prostitutas, orgias, jogo e muito vodka. Já não era também o pai de família, sublime escritor de alguns dos clássicos mais definitivos da literatura mundial. Agora ele está a chegar à última estação da sua vida: é um velho ideialista, cioso pela pureza, intolerante com os vícios depois de os ter cometido a todos. E nisto consiste a sua maior tragédia. A renegar a violência depois de a ter praticado na guerra e sobre os subalternos. A repugnar-lhe a carne, depois de passar por faustosos banquetes. A pregar a abstinência sexual, depois de ter tido 13 filhos (mais um, que se saiba, fora do casamento) e todo um historial de turbulências amorosas. A abdicar da riqueza depois de a ter usufruído durante a vida toda - e atenção que os padrões da nobreza russa não têm qualquer paralelo, em opulência e autoridade, com os da aristocracia ocidental. Este é outro Tolstói, de que se fala no livro e no filme. O Tolstói que já não se interessa por romances, mas tão idealista quanto incoerente, tão sentimentalista quanto naif, tão velho quanto confuso, cheio de conflitos existenciais, numa guerra (sem paz) interior. 

Ana Margarida de Carvalho, na Visão

Mary* Christmas!



A melhor musica de Natal.

*propositado, so eu e tu e que sabemos.

Status Report

Doente e com caracteres trocados no teclado. Magnifico.

(nao da para fazer pause?)

The most beautiful



The most beautiful girl in the world.

Tempo, falar: as voltas que a vida dá

Sensatamente disse que volta implica regressar ao mesmo sítio. É preciso que tudo mude.

Wikileaks is watching you

"Estou com medo: será que o WikiLeaks tem provas de que tomei uma bezana em 88 com uma garrafa de Martini - episódio que me afastou para sempre desse glamoroso néctar e das suas possibilidades de sedução? Mais: será que o WikiLeaks sabe e vai divulgar ao mundo que em miúdo era do Belenenses e pedi ao meu pai, com infinito temor, para mudar para o Benfica? Será que amanhã vou comprar o "El País" e topar que se tornou público que já gostei dos Bros e do Climie Fischer e que só depois é que passei para um universo musical, digamos, um bocadinho mais denso ao ouvir "Kiss Me Kiss Me Kiss Me", dos Cure? E não sou só eu que estou com medo: a vizinhança também está. O filho da Dona Odete, machão encartado, receia que se conheça a sua aventura homossexual aos 17 anos com um primo de Setúbal. O dietista do 2.º esquerdo treme só de pensar que o mundo vai comentar o seu vício das trufas de chocolate belga. O intelectual do rés-do-chão tem ataques de pânico ao imaginar que os seus tertulianos amigos podem vir a perceber que, enquanto lê o seu Zizek, tem a televisão sintonizada no Dr. Oz. Para agravar mais as coisas o Gonçalo Amaral ainda veio comunicar que há um satélite em cima do Algarve e do Norte de África que vai trazer mais provas contra os McCann. A gente pergunta-se: será que não há outros satélites por cima de nós a gravar tudo o que fazemos - para reproduzir mais tarde, em sessões de fazer corar o Zé Carlos do talho? Tenho medo. Tenho muito medo."

no Melancómico

For a second of your time



Bem me podia fartar de procurar por Duffy. Nossa.

Crise, disse ela

O meu gel de banho Johnson's dreamy skin é mais caro do que os chocolates que vou oferecer.

Abandono carinhoso

Acredito ser a única pessoa que dá festas nas capas dos livros quando não os pode trazer consigo. Não te abandono. Espera só mais um pouco.

Boticário: oferrta e sinhora

Ser Brasileira só pode ser requisito de selecção para trabalhar no Boticário.

(vês como seria simples?)

A mente é um lugar estranho onde tu não queres viver

Sempre que oiço esta música lembrar-me desta cena.

E se não for verdade



E se não for verdade
Tudo o que nós dizemos
Tudo o que nós sentimos
Também não é saudade
Por isso é que nos rimos

Dearly: you're so very special

Comove-me a nossa sinceridade, a liberdade com que nos vamos sabendo, sem o medo de ferir ou de alimentar a vacuidade do que poderia ser uma expectativa, não fossem as expectativas exigirem futuro. Comove-me a persistência do teu esforço numa proximidade que não se compadece da distância e a doce satisfação de quando admites ter saudades. Consentires-me no tempo que foi dado como nosso. Com o teu cheiro, o teu abraço, os teus olhos, os teus ouvidos, a tua boca e o teu coração, salve rainha minha, vida, doçura e esperança. Comove-me a cumplicidade nos pequenos delitos e as mirabolantes histórias que me partilhas. A partilha comove-me. Comove-me o afecto quente e puro, transparente, e eu, a das checklists, estranhamente não me indignar se não souberes o génio de Vergílio Ferreira. Deve significar algo. Comove-me a tua lembrança dispersa e irregular, as diferenças que vais acentuando e que me fazem sentir especial mesmo que já não importe, as provas que já não precisam de denunciar e as reticências que já não polvilham os actos porque são certezas. Comove-me a hipótese do teu sonho num regresso a um mundo que é também meu. E quando acreditas. Amor, deixa-me chamar-te amor. Comove-me o valor de um beijo e o valor de um silêncio sem peso, julgamento ou remorso. A felicidade de ter ter deixado algo bom e duradouro, que te ampare e alente, que te embale e traga paz. Demos tudo e agora, o corpo nu, somos nós. Comove-me pensar seriamente em tudo isto e ouvir-te dizer, troçando, que já não se fazem ex como antes.

Apesar disso, sou eu que sei de Mafalda Veiga ou Sara Tavares. E continuo idiota. 
You're so very special.

Dearly. Yours.

Impulsiva. Compulsiva.

Comprar na Sexta-feira "Sermões Impossíveis" da f. Comprar hoje, quase obrigatoriamente, "Contabilidade" de valter hugo mãe. Ter na mão " Cartas a Sandra" de Vergílio Ferreira e "A Paixão Segundo Constança H." de Maria Teresa Horta e, já na fila, forçar-me a ser consciente.

E a "Obra Poética de Sophia de Mello Breyner Andresen" ou o "Quanto Fui, Quanto Não Fui, Tudo Isso Sou" de Fernando Pessoa.

Livros em espera. Carteira em espera. Vida em espera. Mas a tentação, a textura, as palavras belas! Mundo cruel. Não posso ir a livrarias.

(tão feliz com a "Contabilidade".)

Amor pode ser

Dois bonsais lado a lado.

El Corte Inglés

A vida como o acesso em caracol ao estacionamento do El Corte Inglés: se parares para pensar, se hesitares...vais acabar por bater.

If you don't go



It won't do
to dream of caramel,
to think of cinnamon
and long for you.

It won't do
to stir a deep desire,
to fan a hidden fire
that can never burn true.

I know your name,
I know your skin,
I know the way
these things begin;

But I don't know
how I would live with myself,
what I'd forgive of myself
if you don't go.

So goodbye,
sweet appetite,
no single bite
could satisfy...

I know your name,
I know your skin,
I know the way
these things begin;

But I don't know
what I would give of myself,
how I would live with myself
if you don't go.

It won't do
to dream of caramel,
to think of cinnamon
and long
for you.

Natal: sinais dos tempos

It's all coming back to me now: cam

Como és idiota! Repeti-lo continuamente até que entendas a idiotice do que sugeres.
Idiota.

(não me tentes.)

Coisinhas boas

"Na comunicação, o melhor ROI é o ROI-te de inveja." 

(R. Saraiva)

Vergonhoso

Isto.

Filosofias Matinais

A vida como hoje de manhã: nevoeiro, não saberes, a total e assustadora indefinição e, apesar disso, prosseguir. O caminho é em frente. É por isso que continuas.

Indignação

A Maria Bradshaw e a Sandra foram as menos votadas. Nas eleições como nos Ídolos, não entendo este País.

(os Ídolos são o meu vício televisivo. Paciência.)

Constatações de uma vida a 3

Entender-mo-nos melhor longe do que se perto. Terá sido isso?

Distinção: the reason why

Há quem goste e não se preocupe e há quem não goste assim tanto e ainda assim se preocupe. 
Obrigada por isso.

Must see

Biutiful (o texto do trailer, Iñárritu) e Black Swan (Natalie, Aronofsky).

Five minutes of everything

A tua palavra

Pedes-me uma palavra. Assim, como se bastasse, te bastasse. A imediata, a inconsciente, visceral e única. Uma necessidade primária a combater, precisas dessa palavra para conseguir continuar. Pedes-me como se só aí pudesses descobrir quem és nos outros, quanto os tens ou te tens enganado. Queres uma consonância e um consenso que te assente e traduza, confirmação de quem duvida e já não sabe. E não foste apesar disso tu quem me falou da Clarice? Uma cadeira e duas maçãs, e tu agora com isso.

Incomoda-te a procura demorada, a resposta tardia e a lógica. Tu não queres a lógica, queres a emoção e o impacto profundo de seres a ecoar no tempo. A vertigem do teu tamanho a ressoar. Irrita-te o óbvio, como se fosse mau bastante dizerem-te inteligente ou dedicada, um quase insulto na sua banalidade. Cometes o erro de te quereres medir. Mas ninguém é mensurável, minha querida. És tanto, tanto.

Ainda assim, penso-te. Apercebo-me então que a proximidade não me permite delimitar. Leio catarse e reconheço uma pessoa, compro Sermões Impossíveis e lembro-me de outra. E de ti não consigo. És grande, muito grande. Porque és-me mais, tão mais. Porque o teu nome é-me sorriso, risada, poesia, é moscatel, consciência, loucura, sonho. E bondade, causas, ideais, coragem, determinação, asas e voos, Rachel, coração. O teu nome é-me amizade e é-me sempre.

Mas a fazer-te a vontade, a possível é paixão. De apaixonada e de apaixonante.

(levas Mandela, Kundera e Vargas Llosa. é uma questão de lógica, que queres.)

Serviço Público

Há pessoas que deveriam escrever livros. Entre outras, a Catarina, a Ana, ou a I, são dessas pessoas. Eu sou daquelas que correria a comprar o livro.

Presentes de Natal: mais ou menos isto

«Abri o livro (primeira tentativa). Página 183. Soube de imediato que tinha de o comprar. És tu»

via Trama

Pilar

Amar: Pilar, Pilar, Pilar, Pilar, Pilar




















As mãos.

Conquistas

Uma mulher, eu, a explicar a um homem que nem todos os série 6 são M6.

WAG: parar o trânsito

Triumph ou Intimissimi?

Já não se fazem ex como antes

O que fica. Importa é isso. Importar-mo-nos. Sem antes, durante ou depois, porque sempre. Sempre.

Nemesis: 2012?



Ípsilon

O homem que por acaso também era um escritor



entrevista a Miguel Gonçalves Mendes, Ípsilon

Sincronismo ou o problema do Facebook

O meu blog não passa agora de um Facebook em realidade aumentada.

In a relationship with

Ouvindo as suas palavras, parece que tive afinal uma relação com o meu computador.

Não as acredites.

Do you have time for life?



Pestana Carlton Madeira e American Beauty no Lobo Marinho.

Amorizade ou o fenómeno Facebook

Ela - Vá lá, namora comigo no Facebook!

My old friend: brincadeira despretensiosamente poética das nossas conversas*

- Agora gostas de vinho tinto?
- Tenho aprendido a gostar.
- Com quem?
- Com o tempo.

* V., futura secretária-geral da ONU, com o pseudónimo de Gabriela

I don't believe that anybody feels the way I do about you now

Whatever works: terapia do deboche*

Retirar o melodrama através da ironia, sarcasmo, deboche. Descer e adquirir perspectiva, a imprescindível relatividade. E só então, falar a sério, poder enfim subir.
Resulta.



* de "debochar", no Português do Brasil

My own private reason

- M de Mauro, M de Marisa, M de Madrinha. Sabes?
- Sabo.

A fatalidade do acaso

Como descobrir, meses depois, este livro, 5 euros no alfarrabista, e sentir nisso um círculo perfeito e uma alegria assustadora.

We're all connected

A fatalidade do acaso é algo que, mais tarde ou mais cedo, me faz rir.

Só a realidade me delimita

Conduzir 20 kms com pijama rosa, robe azul, meias às riscas por cima das calças, botas castanhas, despenteada e de óculos de sol. Só a realidade me delimita.

O melhor está nas entrelinhas: amostras

Escrevo-te toda inteira e sinto um sabor em ser e o sabor-a-ti é abstrato como o instante.

Só a realidade me delimita.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Lúcida escuridão, luminosa estupidez.

E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado.

Não me posso resumir porque não se pode somar uma cadeira e duas maçãs. Eu sou uma cadeira e duas maçãs. E não me somo.

E Deus é uma criação monstruosa. Eu tenho medo de Deus porque ele é total demais para o meu tamanho. E também tenho uma espécie de pudor em relação a Ele: há coisas minhas que nem Ele sabe.

Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas.

Clarice Lispector, Água Viva

Being less futile

Mais um livro que não me importava de ter pelo Natal. E a doce Natalie, vá.












Olympia Le-Tan, via Cotonetes Van Gogh

The Informant

The Daily Show With Jon StewartMon - Thurs 11p / 10c
The Informant!
www.thedailyshow.com
Daily Show Full EpisodesPolitical HumorThe Daily Show on Facebook

via Meditação na Pastelaria

Raindrops

Presentes de Natal

Um presente do Paulo Kellerman, que vale sempre a pena partilhar.

A Troca

"Talvez uma relação madura e sustentável, adulta, seja apenas isso: uma troca. Uma alternância entre débitos e créditos, uma contabilidade afectiva, uma transacção de sentimentos e expectativas e toques e orgasmos e tudo o mais que forma e alimenta a intimidade.
Sim, dirá a psiquiatra mais tarde, toda essa racionalização é muito conveniente e confortável; mas o que acontecerá quando um dos dois deixar de se satisfazer com fingimentos?"

Aceitam-se sugestões

Onde passar a noite de passagem de ano?

Living on the Edge

Adrenalina é marcar um exame de MS Project 2010 para a próxima Sexta-feira sem nunca ter trabalhado com MS Project 2010.

Eventos Sociais

A abertura do Modelo pode ser um grande evento social.

Livros maus e bolos bons

"(...) mas ler um livro mau é só isso: ler um livro mau. e uma pessoa pensa: mais vale ler um livro mau do que não ler nada. e eu penso: mais vale comer bolo de chocolate."

Salvar o mundo

"Parece-me que, e é aqui que isto está tudo ligado, de cada vez que leio um livro - e o leio bem - mando um sinal qualquer ao universo, marco um ponto, faço algo de bom. De cada vez que leio um livro - e o deixo alojar-se em mim como quem é operado e fica com uma agulha lá dentro - estou a construir um mundo novo. Acredito com uma convicção juvenil que a leitura, o cruzamento das leituras, pode salvar o mundo. Não a bola azul em que vivemos, é certo. Mas o meu e, por conseguinte, o que neles moram."

Life Aint Enough For You

He knows if you're been bad or good: wishlist

 Mais coisa, menos coisa, é isto:

- A vida como ela é, Nelson Rodrigues
- Uma aprendizagem ou o livros dos prazeres, Clarice Lispector
- Estive em Lisboa e Lembrei de Você, Luiz Ruffato
- Livro, José Luís Peixoto
- José Saramago nas Suas Palavras, organização e selecção de Fernando Gómez Aguilera
- Leite Derramado, Chico Buarque
- Os Poemas Possíveis, José Saramago
- Oogy, Larry Levin
- Cartas a Sandra, Vergílio Ferreira
- O Jogo Favorito, Leonard Cohen
- Rio Homem, André Gago
- The L Word, 3ª temporada
- Martini Gold
- Moscatel Roxo

(alguns pedidos já estão encaminhados. não se apressem.)

Livros, televisão e álcool. Sou uma pessoa relativamente fácil de agradar.

Boquiaberta

Os perfumes têm os melhores anúncios.

Tudo o que sei, só sei porque amo*


* Tolstói

Gyllenhaal Smile














Maggie Gyllenhaal

The good wife I: amigas em conspiração

Tudo seria mais simples à maneira do "Mona Lisa Smile" ("a good wife lets her husband think that everything's his idea...even when it's not").

The good wife

A verdade pode doer mas as verdades dolorosas vão fazer-te gritar. Portanto ouve-me, se conseguires. Até para ouvir é preciso coragem. Ou lê, se conseguires. Lê como ela escreveu, a arrebatar e a roubar o chão. Para climas temperados basta-te o Mediterrâneo. Não te contentes com o medíocre, o mais ou menos e o às vezes. Há tão mais do que isso. Há prioritário e há opção, há quem se orgulha e há quem esconde, há motivos e subterfúgios e há quem não precise de motivos porque só faz sentido se for sempre. Há quem te faça sorrir e há quem te faça chorar, há quem conte os segundos e há quem conte os dias, há quem conte e há quem não conte. Há e não há. Sabes bem fazer contas, então fá-las. E agora grita, se conseguires.


Pode haver uma ténue fronteira entre a crueldade e a amizade. Desculpa-me por isso.

And I wonder if I ever cross your mind

Não digo a ninguém que, por vezes, ele me faz lembrar de ti, como se nisso pudesse haver alguma reprovação vergonhosa. Dizer-te para te admitir. Omitir-te para te apagar. À semelhança de toda a ficção em que me construo, é no espaço porém que tudo se torna palpável. A corporalidade do sonho, fantasiado ou imaginado, faz-se presente sem pressa ou pressão. E ali continuas tu, na minha frente almoçando comigo ou no carro a meu lado, no teu tamanho e na tua largura, o mesmo tipo de gestos em certas ocasiões, o desmontar de uma imagem bem-comportada que ninguém adivinha, chamando chefe ou amigo aos empregados e seduzindo descaradamente as empregadas na minha frente. Comentarias depois um ou outro atributo e eu, com uma sinceridade provocatória, dir-te-ia que loiras não fazem o meu género. Soubesses agora. Ririas? Não creio. E quando o espaço dele me lembra o espaço teu, pergunto-me onde estarás, com quantos filhos, com quanta vida em cima. E por breves instantes vejo-me longe a dar-te uma palmada na cara, brinco na covinha do teu queixo - sempre as covinhas -, chamo-te desgraçado e beijo-te a boca.

These Arms of Mine

What if it is?

Nathaniel Fisher (deceased): You aren’t even grateful, are you?
David Fisher: Grateful? For the worst fucking experience of my life?
Nathaniel Fisher: You hang on to your pain like it means something, like it's worth something. Well let me tell you, it's not worth shit. Let it go. Infinite possibilities and all he can do is whine.
David Fisher: Well, what am I supposed to do?
Nathaniel Fisher: What do you think? You can do anything, you lucky bastard, you're alive! What's a little pain compared to that?
David Fisher: It can't be so simple.
Nathaniel Fisher: What if it is?

Sete Palmos de Terra, via Menina Limão

(In)substituível

Descobrir, com alguma surpresa, que consigo estar longe do blog, sem que isso me transtorne demasiado.

I'm back

Finalmente, Internet.