What about her heart what if she never fell I

Sê decente, podes escrever com todos os intuitos menos esse, propositado. Quando tudo se perde que não te percas tu. Destruir depois de ler. Apagar depois de sentir o seu rosto e notar a razão. Cuidar com cuidado.

(CarMG, esse tempo, uns mais que outros.)

What about her heart, what if she never fell



Oh my sweet darling, oh my sweet darling, yeah
I know that fairytales are always ending
You know that this world is meant for mending.

We should meet: I

Os oásis no deserto que me lembram que (ainda) existem oásis nos desertos.

You do know that this isn't real don't you?

Olhas para trás, para a retrospectiva dos teus dias, a seco e a frio, e vês como se enganou: tu não és brasileira porque não desistes; tu és idiota porque não aprendes.

(tanta gente e tu tão preocupada. tu não és precisa.)

O momento não se julga

O coração pode ser o alvo, mas o cérebro é mandante. A crueldade é o que em cada momento é necessário fazer, e o momento não se julga; quando muito, há-de julgar-nos.

Filipe Nunes Vicente, Amor e Ódio

Quem pergunta?

Qualquer não que a ti te cale. Tal como a necessidade aguça o engenho também relativiza os critérios. Não existe consistência onde ela não é precisa porque não se pode comparar o incomparável. Eu não sou má. As comparações é que são.

Contigo em contradição pode estar um grande amigo

Dear Portugal, this is Ireland here. I know we don't know each other very well, though I hear some of our developers are down with you riding out the recession.

They could be there for a while. Anyway, I don't mean to intrude but I've been reading about you in the papers and it strikes me that I might be able to offer you a bit of advice on where you are at and what lies ahead. As the joke now goes, what's the difference between Portugal and Ireland? Five letters and six months.

Anyway, I notice now that you are under pressure to accept a bailout but your politicians are claiming to be determined not to take it. It will, they say, be over their dead bodies. In my experience that means you'll be getting a bailout soon, probably on a Sunday. First let me give you a tip on the nuances of the English language. Given that English is your second language, you may think that the words 'bailout' and 'aid' imply that you will be getting help from our European brethren to get you out of your current difficulties. English is our first language and that's what we thought bailout and aid meant. Allow me to warn you, not only will this bailout, when it is inevit-ably forced on you, not get you out of your current troubles, it will actually prolong your troubles for generations to come.

For this you will be expected to be grateful. If you want to look up the proper Portuguese for bailout, I would suggest you get your English-Portuguese dictionary and look up words like: moneylending, usury, subprime mortgage, rip-off. This will give you a more accurate translation of what will be happening you.

I see also that you are going to change your government in the next couple of months. You will forgive me that I allowed myself a little smile about that. By all means do put a fresh coat of paint over the subsidence cracks in your economy. And by all means enjoy the smell of fresh paint for a while.

We got ourselves a new Government too and it is a nice diversion for a few weeks. What you will find is that the new government will come in amidst a slight euphoria from the people. The new government will have made all kinds of promises during the election campaign about burning bondholders and whatnot and the EU will smile benignly on while all that loose talk goes on.

Then, when your government gets in, they will initially go out to Europe and throw some shapes. You might even win a few sports games against your old enemy, whoever that is, and you may attract visits from foreign dignitaries like the Pope and that. There will be a real feel-good vibe in the air as everyone takes refuge in a bit of delusion for a while.

And enjoy all that while you can, Portugal. Because reality will be waiting to intrude again when all the fun dies down. The upside of it all is that the price of a game of golf has become very competitive here. Hopefully the same happens down there and we look forward to seeing you then.

Love, Ireland.

(Sunday Independent)

Don't look back in anger

Office Woman

Pode haver tanta candura em partilhar um filme porno como em partilhar um segredo. Soubemos guardar o que é bom de guardar, por isso te chamo "amor" com a inocência de uma criança.

(porno, segredo, amor, criança. não é o que parece.)

Comensalismo

Nenhum destes posts me pertence, cumpre-me dizer. Coisas minhas é por isso uma ironia como qualquer outra. Sugo vida na esperança de ainda ficar com alguma para mim. Simbiose é diferente de protocooperação, diz-me a wikipedia. Mutualismo é diferente de cooperação ou oportunismo. O termo certo é comensalismo.

(pior do que pensar é escrever. entre um louco e um poeta vai apenas uma caneta, um teclado ou uma presunção.)

CAP: simulação final

Estranhamente fiquei mais nervosa depois da simulação final do que antes. Mas isso não tem nada a ver com o CAP.

A verdade da mentira à espera da rima

Querer-te tanto que ter de te não querer.
Vou acabar com isto.

Business Intelligence: bi (polar)

O seu jeito leve e o cabelo negro vs a sua voz grossa e as pestanas grandes. One way or another.

Out of scope

A exclusão delimita mais do que a inclusão. Ela no 10º ano a dizer-te friamente e já cheia de certeza "tu só vais até onde eu deixar". No hospital como no aeroporto, antes como agora, quem quer que seja, porque isto é só uma observação derivada de um facto. O facto impregnado de emoção - um não público e por isso visível dói mais do que um não privado e por isso invisível (?) - mas a observação como matéria. Metade de mim é besta e a outra não a encontro.

A princezinha periclitante

Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas. É a minha preferida e a que respeito mais. Poderá ser também a que dá mais trabalho, é um facto. A amizade acima das merdinhas do dia-a-dia porque há aquela responsabilidade eterna e, se tudo falhar, ela não falhará. Acredito muito nisso, mesmo quando o toque na queimadura me quer confundir. Continuo aqui. Preocupo-me. Tu precisas de saber que eu me preocupo genuinamente porque, tem dias, parece-me não sabes e eu quero muito que saibas e não duvides nunca, mesmo que as palavras enganem. As palavras enganam sempre mas há o essencial, invisível para os olhos. Escrevo-to não para que a direita saiba o que faz a esquerda mas porque tenho direito a essa preocupação e quero que me deixes preocupar, mesmo que aches escusado, exagerado, despropositado. Desculpa, preocupo-me. Quando a gente gosta é claro que a gente cuida.  Os meus amigos são a minha família, uma que, como a outra, até pode não compreender, até pode irritar, até pode entristecer, mas que amo até ao fundo dos ossos. Quero (continuar a) ser, com profunda dedicação, responsável.

A onda gigante

O dramatismo e o cansaço. Quem mais cansada. Quem está mal muda-se, não o queiras pensar. Obviamente a gestão da mudança. Saltas ou morres cozida, qual rã? Como antes, o que é que andas a fazer da tua vida? Como antes, a persistência da pergunta. Como antes, o músculo palpitante e a crença naquilo que importa. Não poderão entender. Cresceste? Não sei. Cada dia é uma oportunidade que não deves desperdiçar, lembra.

Misread. O sonho como sinal. Na Madeira, obviamente, a fronteira do admissível em trilhos altivos e perigosos. Tu na frente, como quando eras pequena e iam de mota inventando caminhos à beira-mar, e o quanto gostavas. Um dia muito cinzento mas vais avançando porque sabes que o destino está lá na frente, mesmo que todos vão voltando para trás, cruzas-te com os que não aguentam e tu tens tanto a provar. E então, aquela onda medonha, negra, veloz, imensa, gigante como nunca antes viste, uma montanha a cobrir outra montanha, mostrengo verdadeiro. O tamanho daquela onda que te vai engolir, porque está muito próxima, perto demais para escapar. Ver ainda agora a cor daquela onda e saber que nunca mais vais esquecer o tamanho da onda que te vai engolir.

Isso eu não admito

admitir - Conjugar
(latim admitto, -ere, mandar ir, deixar ir, permitir acesso, receber, permitir)
v. tr.
1. Consentir a aproximação ou a entrada de.
2. Reconhecer como verdadeiro ou possível.
3. Consentir.
4. Supor.

Tenho admitido muito também. Só não (te) admito que.

Volto já

Sair de casa para comprar cigarros e nunca mais voltar. Quase um filme.

Integração Social

Não vi o vídeo do Paulo Futre. Também não vi o Avatar. E estes dois factores juntos são capazes de conseguir explicar muita coisa.

Blink I

Não necessariamente mas exactamente para. 

(colocas a tua mão sobre o meu peito e conheces-lhe todas as batidas. Um dia já foram por ti. Tens por isso a vantagem do decifrar ao alcance do querer.)

Terei sonhado até

A mentira é uma questão de tempo, nota-lo com a tristeza de mais uma desilusão. Mede o que dizes.

Look, she's laughing, he made her laugh











Lux, As virgens suicidas

Home Alone

Uma casa como ponto de encontro, se houver sorte no percurso, ou como ponto de passagem, se houver outras com urgência de ti ou tu com urgência delas. Not you, not you. Sem sala a renda seria mais barata e poderíamos argumentar que era por não termos sala. Assim, a socialização tem, obrigatoriamente, de ser uma vontade e uma escolha. Aguenta a escolha.

(também poderia ser um fantasma, é certo, mas nesses já vi educação bastante para se fazerem anunciar. cumprimentar, conseguir pedir desculpa, saber agradecer, parece ser uma virtude. também se pode chamar respeito. e isto também se pode chamar despeito. o agressor é um agredido, mas tu só ouvirás a última palavra, a que fica, para abafar todas as anteriores sobre o seu peso de última.)

Love can be like bondage II

Love can be like bondage I

Dor e recompensa, o abandono sempre no horizonte, dá uma tesão insuportável.

Filipe Nunes Vicente, Amor e Ódio

Love can be like bondage

Vive uma espécie de morte letal: quando perdemos a amizade ou o amor de alguém e os anos passam e passam sem que essas coisas voltem. Tem o rigor táctico da morte - não se fala, os cheiros são memórias - e serve um ritmo perdido: houve um tempo em que fazíamos coisas com essas pessoas.
Subsiste, no entanto, uma diferença para a morte oficial. O outro - um amigo, uma mãe, um irmão - vive, e isso retira-nos o único consolo que o tempo oferece: a resignação.

Filipe Nunes Vicente, Amor e Ódio

Blink

Viveria só de te olhar, para te olhar. Morreria só de te olhar, por te olhar.

Wake up girl I



Someone like you and all you know and how you speak.

Wake up girl


Will you blink?



Imóvel como a montanha, silenciosa como a floresta, rápida como o vento, devastadora como o fogo. 
(P.Paixão)

(ou as coisas que tu conheces e que sempre me surpreendem)

Entre o amor de uma mulher e as certezas do caminho

Há versos de músicas tão bonitos que é preciso um blogue para os anotar.

Times like this

How do you know




















Paul Rudd.

How do you know: esforço (spoiler)

O namorado ofereceu-lhe um relógio de brilhantes e o que se esforça ofereceu-lhe uma lata de Play-Doh. Dia(s) depois do seu aniversário ela termina o namoro e escolhe o que se esforçou.

Convidei-te para ver o filme e ainda nada. Afinal não precisarias: já sabias a história.
A arte limita-se a imitar a vida.

The end

Não é por não acreditares que signifique que não aconteça. Não acreditas no Pai Natal e continuas a receber presentes.

Tease Me (Mª Lx)

A diferença entre uma provocação e uma vontade está no objecto da prova, o agente da (re)acção, se outrem ou se tu mesma, nomeadamente.

Misread (do not expect me to)



If you wanna be my friend
You want us to get along
Please do not expect me to
Wrap it up and keep it there

The observation I am doing could
Easily be understood
As cynical demeanour
But one of us misread...

And what do you know
It happened again

A friend is not a mean
You utilize to get somewhere
Somehow I didn't notice
friendship is an end

What do you know
It happened again

How come no-one told me
All throughout history
The loneliest people
Were the ones who always spoke the truth

The ones who made a difference
By withstanding the indifference
I guess it's up to me now
Should I take that risk or just smile?

What do you know
It happened again
What do you know

Disclaimer

Às vezes acho que deveriam existir certas frases e atitudes para as quais seria obrigatório serem precedidas de um disclaimer: isto é para ti, isto é sobre ti.

Aviso: Esta mensagem é destinada exclusivamente para a(s) pessoa(s) a quem é dirigida, podendo conter informação sensível e de carácter pessoal. Se você não for destinatário desta mensagem, desde já fica notificado de abster-se a comentar, pensar, distribuir, examinar ou, de qualquer forma, utilizar a informação contida nesta mensagem. Caso você tenha recebido esta mensagem por engano, não crie ilusões despropositadas, não faça filmes na sua cabeça, não fique na dúvida e/ou não se sinta o centro do mundo.

Beware II

Eu - Há coisas que não se devem dizer.
Ela - Há coisas que não se devem sentir.

Beware I

Não esquecer: ver o que se passou com o boneco ontem.

Beware











Poucas coisas há de tão perigoso como uma mulher consciente do poder da sua beleza.

PS: e que sabe como dançar.

Sensata e racional

Talvez à primeira vista e seguramente só para os outros porque no que a ti diz respeito és uma prova ambulante de insensatez e irracionalidade.

Precisas de alguma coisa?

Eu preciso mais.

DADT

Find yourself guilty

O choro legitima mais do que o riso? O que se faz quando deixa de existir um culpado a quem podias responsabilizar? Tinhas um pressuposto que, não perdoando, tornava-te a mágoa mais fácil, quem sabe se fosses tu como seria. E agora, existe sem pretextos, sem ser motivo era um motivo e agora é só um gesto nu e sem vergonha. Somos os únicos responsáveis dos nossos actos, lembraste-me.
Vais tentando ceder à tentação da pergunta com uma lucidez de louco. As mulheres não gostam de perguntas. Não perguntes se tens medo da resposta, se não aguentas.  Não perguntes como foi aquele. E não perguntes como serão os próximos. Não perguntes nunca mais porque cada fim-de-semana será esse grito de muda comparação. Não tu, não tu, contigo não. Por isso não queiras saber, não faças contas, não queixes. Acima de tudo, não perguntes. Sobretudo a ti mesma.

Nesta história toda que não é nenhuma, não saberemos nunca dizer quem foi o mais egoísta.

Ravenous, Ravishing














Leia-se "fuck".







Quiz Musical: impressionante é

Não conhecer "sonhos de menino" de Tony Carreira mas conhecer "mexe o tutu" das Tayti.

Olhos de Clive Owen

A inclusão torna-te pertença, cúmplice, especial na exclusividade que tu sensatamente cultivas, que quase te apeteceu agradecer.  És importante quando te sentes importante, mais ainda quando te fazem sentir importante. Só se é se para alguém, homessa.

As minhas Quintas são melhores do que as tuas I

- Gente feliz com lágrimas, João de Melo;
- Aos olhos de Deus, José Manuel Saraiva;
- Amor e Ódio, Filipe Nunes Vicente (d'O Mar Salgado).

5 Euros cada.

Acabei de pensar em você

Falar de ti com real saudade e apareceres com real saudade. Somos maiores do que o tempo e o espaço - ou quiçá por causa do tempo e do espaço - e é por isso que ainda te digo embevecida que gosto muito de nós e disto que temos. Guardar o que é bom de guardar e querer-mo-nos bem. O que teve uma base sólida nunca a perde.

Women do it better

Às vezes tens a sensação que és bem mais atenta do que eles e sentes nisso uma estranha vaidade. Olhos de lince naquele encantador detalhe e a intensidade do que não é apesar disso óbvio. A atenção é uma bem-aventurança e tu encontras todos os dias bênçãos na criação. Olhar é muito diferente de ver.

Business Intelligence I

O cabelo negro e liso que dá vontade de agarrar (sempre o cabelo), o jeito leve de andar e ainda todo certo. O sorriso, o sotaque, o jeito fácil e o "não aceito morrer antes dos 80 anos". O perigoso chamamento da beleza. O abismo delicioso do toque. Lembra-me muito de ti, será isso. Suspiro.

(adoro encontrar todos os dias novas fontes de inspiração no trabalho.)

Hurt to hurt, heart to heart

Tu não devias escrever tudo no blogue. Presumíveis boas pessoas não fazem assim, de ânimo tão leve escrevê-lo, tão pesado sabê-lo. Parva talvez mas por razões outras. Aquela palavra significa muito para ti e nem em sentido figurado lhe deve cabe o magoar inusitado, (des)propositado, descabido. Honra aquela palavra. Desenho o teu sorriso sobre essa palavra e vejo-te inteira no lugar dela, disse-o, pensando em ti.

Tudo é apenas o que é

Que o medo não te tolha a tua mão
Nenhuma ocasião vale o temor
Ergue a cabeça dignamente irmão
Falo-te em nome seja de quem for

No princípio de tudo o coração
como o fogo alastrava em redor
Uma nuvem qualquer toldou então
céus de canção promessa e amor

Mas tudo é apenas o que é
levanta-te do chão põe-te de pé
lembro-te apenas o que te esqueceu

Não temas porque tudo recomeça
Nada se perde por mais que aconteça
uma vez que já tudo se perdeu

Ruy Belo, via Trama

Dar com uma mão e tirar com a outra

Génesis

Say what you want, and when i get that feeling. In a manner of speaking. Yann Tiersen. Why try to change me now. Me, myself and I. Sozinho. Cássia Eller. Ana Carolina. Mafalda Veiga. Collide. High and dry. Gravity. You're still the one.


Friends com moscatel e o teu sorriso rosa. O fumo a esconder e a vida  talvez a recomeçar. Músicas das noites curtas e das saudades longas. A lua na janela e o Café Mágico ainda com gente.

Nostalgias. Ela olhou e viu que tudo isso não era bom.

Em nome de uma princesa (morena) que não aparece

Um sonho agradável. Uma rapariga loira, face a face comigo, faz-me repetir, frase a frase, uma oração que mistura e combina o espiritual e o erótico. Quando tento beijá-la, ela afasta-se ligeiramente, e sorri. A rapariga pode ser um anjo. Quando acordo, tento guardar o mais tempo que posso as perfeitas imagens. Estou de joelhos. Qualquer coisa como uma iniciação. Em nome de uma princesa que não aparece. Uma princesa severa e cruel.

Tenho tanto medo de não me voltar a apaixonar, que não haja mais ninguém que se apaixone por mim, que seja tarde demais, que seja verdade o que escrevi, que o que escrevi se torne verdade. O pavor de não voltar mais a sentir o que senti, que a última vez tenha sido a última vez, que haja um fim antes do fim. A história do homem que tem tanto medo de não se voltar a apaixonar, que prefere manter relações suspensas: só por correio, só por telefone. Que prefere não se aproximar do objecto possível da sua paixão, porque tem medo de o destruir.

Pedro Paixão, Girls in Bikinis

Novos campeonatos: deixa que caia

O Governo cair e passar um carro na rua a apitar em felicidade. Deve querer significar algo.

2' 05

Make it work

Panos de cozinha

Todas as relações são actos de egoísmo assumido e consentido. "Não consigo viver sem ti" é um flagrante delito.

Watchover Voodoo

O boneco do Funchal chegou agora ao seu destino, o que diz muito de ti, e da forma como estás a tentar verdadeiramente em esforço, as fundações a suportarem todo o peso, porque é para isso que servem fundações. Ao menos o teu estará a funcionar. Tens agora toda a legitimidade para me voltares a chamar parva. Ou ainda mais parva, também aguento. Já tu vês outra qualquer legitimidade que não aquela que não legitima nada porque é imperativo. Algures entre o pobre diabo, a boa pessoa e a parva pura, com um pouco de sorte, engano ou perspectiva, aí estarás tu.

Do how much can I get para o how much can I give.
Fighting the good fight.

Make it up (to you) I

Lilly. Friends with benefits. Black Swan. Lago dos cisnes. Bilhete. 
Há uma lógica qualquer muito assustadora, ou até fascinante, na minha vida. Círculos perfeitos de que tu não chegas nunca ao centro.

Make it up (to you)

Também tens essas dores fechadas em caixinhas, bem arrumadas para não estragar as vistas, mas lá. O inamovível passado a viver dentro do presente. E em cada motivo pensar que o não tiveste, o devido. As desculpas que não soubeste e de que precisas. O sonho demente que nunca chegou a haver, parece. Será uma questão de noção. Talvez não tenha noção, aquela consciência do estrago que te é tão evidente a ti. Não foram suficientemente enterradas, as tuas dores, ou o chão que as cobre é ainda demasiado fresco e não se habituou à opacidade do espaço. O momento em que não vieste tornou-se a fronteira do que ainda possa ser e delimita agora o querer e o dever. Já não sabes distinguir, confundes as vontades e nada é tão perigoso como a consciência. A tomada dela. Poderá haver verdade numa compensação. O bocadinho pequeno e limitado que te sobra gostava que fosse uma qualquer espécie de compensação. Já não te importas se for compensação. Assumir e agir. Mas os pressupostos falham sempre e tu ainda mais. Tiveste de ser tu a ceder, és sempre tu. Manter é mais importante do que criar, deveria ter dito o Principezinho. Quando a geste gosta é claro que a gente cuida.

O domador de leões: why try to change me now

Conhecer e respeitar as diferentes naturezas. Reconhecer que te está na natureza e que a isso não podes fugir. Portanto, que possas aprender, que não te queixes. És também aquilo que permites e incentivas. A permissão abre espaço.

Roomies (time matters)

Adoro a consciência colectiva.

3 Y

Truly. Madly. Deeply.

I really do

Big Smile

Não mudou.

The Devil's Dictionary

FUTURE, n. That period of time in which our affairs prosper, our friends are true and our happiness is assured.

FIDELITY, n. A virtue peculiar to those who are about to be betrayed.

LOVE, n. A temporary insanity curable by marriage or by removal of the patient from the influences under which he incurred the disorder. This disease, like caries and many other aliments, is prevalent only among civilized races living under artificial conditions; barbarous nations breathing pure air and eating simple food enjoy immunity from its ravages. It is sometimes fatal, but more frequently to the physician than to the patient.

É só fazer as contas

O equilíbrio da derivada está no zero. Somente do desequilíbrio pode nascer o positivo ou o negativo.

Quando a gente gosta é claro que a gente cuida

Do how much can I get para o how much can I give. Todo o caminho a pensar nisso com a certeza que algo teria de mudar. Chegas e não consegues. Um reflexo de cedência. A vigilância da lamechice descabida. A aceitação de uma posição e a voz que te surpreende. E então hoje. Um abraço redentor, ainda que desculpa seja essa palavra tão difícil que não ouves. Cuidar mesmo que. Ultrapassado. O boneco estará a resultar porque o que importava era o seu abraço.

TEDxO'Porto 2011: 04h30 - 00h30

Rir. Chorar. Sonhar. Inspirar. Acreditar. Ambicionar. Blue. Blues. Porto. Rodovalho. Velhinhas. O teu vinho é uma merda, cheira mal. Trengo. A felicidade pelo que temos em vez de pelo que não temos. A independência como mito. A cor. As cordas. O Sr. Domingos. Tempestivamente. O cérebro a gozar connosco. Boyle. O papel de jornal e o Renova preto. Heróis. Bangladesh. Sorrir. Recordes. Conseguir. Vencer. Listen to live. O Nilton. Creo que te amo cariño. O domador de leões. A insensatez.

Uma espécie de renovação. Brilhante.

(e o poltro malhado, entre o verde e o dia a nascer, em pequenos saltos para junto dos afagos da mãe)

TEDxO'Porto

Estou no TEDxO'Porto @ Casa da Música, Porto.
Quem estiver por cá que se acuse.

Keep calm and carry on

Stillness of the Mind

Life Interrupted

Disse, com uma crueza desconcertante de pão nosso de cada dia, que a senhora, velha e cancro no pâncreas, já tinha vivido tudo o que tinha a viver. Quiseste muito sair naquele instante, obrigá-la a repensar a brutalidade do que dissera. O teu avô, velho e cancro no pâncreas, não viveu tudo o que tinha a viver. Um mês em contagem decrescente. Nunca ninguém vive tudo o que tem a viver.

Seguem-se os episódios de picadas, injecções, hematomas, a dificuldade de encontrar a veia. Histórias de café como quaisquer outras, entretenimento como qualquer outro, ossos do ofício afinal. E ainda nesse dia a tua mãe. Uma vez mais, o pão nosso de cada dia, num dia interminável. Mais uma picada, mais uma nódoa, mais uma veia a suster o resto, o pulso enrolado em ligadura para esconder e segurar a agulha. Aguentar mais uns dias e depois esperar. Esperar, esperar, esperar. Não sabem e não precisam de saber. Tu sabias.

Entre o brilhante e o menos brilhante, tu só queres aquele que de facto se preocupa.

Eu não sou injusta. As primeiras impressões é que são.

If it points at your head would you die for me?



(e a ela, deu-lhe aquela voz. Ver toda aquela energia no Tivoli foi memorável. Um excelente concerto. Os meus amigos são melhores que os vossos.)

What made you think that I’m in love with you?
One hundred ways to be apart from you

What made you think that I’m in love with you?
One hundred ways to live my life
It’s true, it’s absolutely true

What made you think that I’m in love with you?
One hundred ways to heal my heart, undo

O trabalho liberta (?)

Em ascensão profissional e em queda pessoal. Complementaridade só se aplica ao que é complementável.

O caminho mais longo

Logo surge aquela inevitável pergunta, a de como foi, a do motivo, a do que disseste tu, e acabo sempre atónita e dolorida, soubesse eu explicar. Não haver resposta, gesto, respeito, explicação, sequer um pedido de desculpas. Dos sonhos dementes não se fala. Não se faz. Não gosto porém dos nomes. Recrimino os nomes, dispensáveis. Aconteceu e agora lidar com isso, não prolongar. Não quero mais suportar os não mereces, não merece. Dizê-lo é ressuscitá-lo e o coração já tão arrebentado. Arrebentaste-me o coração. Mas, aparentemente, serei eu a culpada, quase me convences. E, mesmo que esta seja apenas uma versão, a minha, é essa que me importa. A amizade como o limite da complacência, capaz de suportar tudo, capaz de entender tudo, tudo aceitar. Sinónimo de no matter what. 

Preciso muito de me arranjar um motivo que te desculpe para acreditar que a razão não está em mim e caberes ainda no no matter what. Se não voltares, nunca foste.

Cedo, sou sempre eu e sempre fui. A preocupação genuína a embater num troco de pólvora, seco, secamente. Tu não esperarias, vejo-o com uma clareza irritante.  Engana-me ou não me enganes. E percorremos em silêncio o caminho mais longo.

Repetir como oração



Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo

Lesbian trapped in a man's body



Pedro Arroja, via A Menina Limão

O afecto tudo desculpa

Alguma gente de quem sinceramente gostamos tem o condão de ser também a que melhor nos consegue irritar. Por que será? Provavelmente mete-se-lhes na cabeça que o afecto tudo desculpa, os calos alheios são pouco sensíveis, a miopia boa razão para ignorar o risco que pisam.
Às vezes parece aquilo um medir de forças, um ridículo espicaçar, mas a criancice nem sempre cai bem. E a paciência pode ser grande, mas tem limites, é corda que por pouco rebenta.
De modo que, à força de desagrados e empurrões, vamos descobrindo que não somos como eles querem, nem eles os adultos que se julgam.

J. Rentes de Carvalho (mais um que me podem oferecer nos anos), no Tempo Contado

Ideias e Desafios

Sempre que vais à livraria e folheias alguns e achas que sim. Talvez tu conseguisses. Cala essa voz que te provoca. Cala-te apenas a ti. O sucesso de um homem nota-se não naquilo que vai fazer mas naquilo que fez.

Abnegação

Ordena que te ame,
E odeia quando falho,
mas usa, abusa de mim e eu serei feliz,
até ao fim.

Ordena que te ame, Mundo Cão

Ultimate Loyalty



Não sei por que ainda dizemos "animal" quando queremos insultar alguém. Que possamos aprender com eles.

(corre na net que já estão a salvo.)

Sem descurar toda a outra ajuda necessária, por favor passem esta mensagem e façam algo:

For each person who ‘likes’ the Facebook Page of Dog Bless You, a dollar will be donated to help finance the use of search and rescue dogs that are so critical in disaster situations like what’s happening in Japan right now.

Off the record

Uma questão de prioridades. Tu no meu lugar. A lealdade que importa, a importante. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não questão de favor ou de ter-se o que se merece. O racional e o emocional. Na verdade apetecer-me-ia não te dizer, pagas, faz a tua vida e aprende, big huge mistake o teu. Quem te avisou teu amigo foi. A minha hesitação e a tua hesitação frente a frente para ver qual magoa mais. Nada se consegue forçadamente e eu não sou assim. Os meus conceitos são diferentes e as minhas prioridades são realmente outras. Uma questão de prioridades, mesmo que não sejas como eu e que eu me vá apercebendo cada dia mais disso. O que apetece e o que deve ser feito. To the record.

If you were in my position

 













Karen: Tell me, if you were in my position, what would you do?
Harry: What position is that?
Karen: Imagine your husband bought a gold necklace, and come Christmas gave it to somebody else...
Harry: Oh, Karen...
Karen: Would you wait around to find out if it's just a necklace, or if it's sex and a necklace, or if, worst of all, it's a necklace and love? Would you stay, knowing life would always be a little bit worse? Or would you cut and run?
Harry: Oh, God. I am so in the wrong. The classic fool!
Karen: Yes, but you've also made a fool out of me, and you've made the life I lead foolish, too!

A vantagem da desilusão

A vantagem da desilusão é que gera previsibilidade, não precisarás mais de respostas, esse alívio, e estarás à partida mais preparada (nunca estás, nunca estás). Não precisaria de dizer que ia embora porque tu já saberias que iria embora.

A farpa pronta, apenas à espera do momento como uma inevitabilidade. Estavas tão bem. Apesar disso mais tempo do que julgavas aguentar, deverias estar orgulhosa apesar de tudo. Deve ser do boneco que compraste, um qualquer efeito placebo. Pagarias para saber o que faria na tua posição. Sempre diferente, sempre melhor.

O agressor é já um agredido mas isso nunca se vê. Para todos os efeitos, serás sempre e obviamente a má e não haverão razões que possam justificar, terá porventura a ousadia de se perguntar um porquê. Para todos os efeitos, bater a porta será com certeza uma atitude bem mais adulta do que vir a correr escrevê-lo para o blogue e isso não chega a ser obsessão.

O título também poderia ser isto não é simplesmente uma ironia.

You can't handle the truth II

(...)
Nunca mais romance
Nunca mais cinema
Nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese
Nunca uma espelunca
Uma rosa nunca
Nunca mais feliz.

A história de Lily Braun, na versão de Maria Gadú

You can't handle the truth I

Um bilhete de cinema perdido não é um sinal, é um souvenir.

CAP: o tema

Claro que teria de ser sobre a mudança. Tu a procurares conscientemente sentidos filosóficos e próximos que expliquem tudo. A tua vida não muda, logo, mudança.

Os caixõezinhos no coração

tenho uns caixõezinhos no coração que me
nasceram quando partiste. se regados com
cuidado, brotam mortos como flores negras pelo
interior das veias, que me assombram o sangue, corando
a minha pele numa vergonha e sentindo medo

são uns mortinhos pequenos que muita gente
nem sabe que existem. acreditar em fantasmas é
só possível para quem tem muito amor e recusa a
pequenez da vida sem continuação

tenho uns caixõezinhos no coração que se 
abrem a toda a hora. quando me deito, ouço-os
embatendo de encontro ao peito, talvez com vontade
de ir embora, talvez só por ser o amor tão estreito

valter hugo mãe

You can't handle the truth

Um amante teria dito sim. Um amigo teria dito não. Tu calaste.

Soror Mariana

Folheio sempre o Cartas a Sandra a aguardar a legitimidade moral para o poder comprar, demasiada espera, demasiado à rasca. Comovo-me sempre, como se nunca antes alguém tivesse dito aquilo com tanta certeza. Um dia vou escrever cartas de amor assim. Até lá busco o teu nome, que me assomará à boca, quando eu só o puder dizer na tua boca.

Tell me that you'll open your eyes

Os que importam e os que se importam

As coisas precisam de um nome para que possamos saber como lidar com elas, disse ela tão sabiamente. Sabe as fronteiras do meu sentimentalismo e isso pouca gente sabe. E conto-lhe das "mulheres" com i na porta da casa de banho e isso a pouca gente conto. Com uma egoísta presunção, acredito ser apesar de tudo eu quem mais precisava daquele abraço. Que o recebi sem ter de pesar merecimentos ou estranhezas. Os meus amigos são a minha casa.

O único final feliz para uma história de amor é um acidente

Na sua essência o coração é apenas esse músculo cheio de sangue pronto a bombear todas as desgraças como esmolas. Uma ferida exposta dói muito mais do que qualquer outra.

(aquele poema do valter hugo mãe sobre os caixõezinhos que tu não encontras na net e estás com preguiça para ir à sala buscar e copiar.)

Anormal

anormal
adj. 2 gén.
adj. 2 gén.
1. Que se afasta da norma.
2. Contrário às regras; irregular.
s. 2 gén.
3. Pessoa que não é normal.

Insistimos todavia em dizermo-nos anormais quando o que somos é imbecis. De outro modo, todos os normais não seriam imbecis, o que é tão ridículo na sua lógica quanto esta conclusão. Não confundir por isso um (a)normal com um imbecil.

Back to Reality

Dormir um dia num lado e acordar no dia seguinte noutro. A vida ainda é uma coisa extraordinária nas suas infinitas possibilidades de recomeço. Tu serás apenas tu, olhos vendados e uma chave na mão, apalpando a escuridão à procura da porta a ser aberta.

Confirma-me

"o que é estranho é que somos egocêntricos quando queremos que nos achem importantes (no sentido íntimo da coisa) mas não somos egocêntricos o suficiente para que o sentirmo-nos importantes (de nós para nós) nos baste. é preciso que o outro venha confirmar o que já achávamos. e se esse outro não nos achar tão importantes como nós achamos que ele devia achar há problemas. os blogues, sem que o saiba explicar, têm qualquer coisa a ver com isto."

Catarina, da Trama

Aquilo que amamos, devemo-lo saber de cor

Para ler, ler seriamente, tem de haver determinadas condições. Deixem-me por favor elaborar sobre isto. Para ler seriamente é preciso silêncio. Não ponha música, tire a rádio e a televisão do quarto. Tem de saber viver, e conviver, com o silêncio. (…)

Tem de estar preparado para – e não riam de mim – saber passagens de cor. Aquilo que amamos, devemo-lo saber de cor. Não é por acaso que “coração” em latim é “cor”. Ninguém nos pode tirar nunca o que sabemos de cor. Deixem-me frisar: saber, saborear de cor, com o coração, não com a cabeça. Queremos sempre levar connosco o que amamos. Eu sou muito velho, mas tento, todos os dias, ou quase todos, aprender um poema, ou fragmentos de um poema, de cor, porque é assim que se agradece uma bela obra. Que outra maneira tenho eu de agradecer a Dante, a Cervantes, a Lope de Veja ou a Shakespeare? A partir do momento em que sabemos um poema de cor, algumas poucas linhas, ele começa a viver dentro de nós.

Em terceiro lugar, precisa de ter alguma privacidade. Esta última condição é tremenda, provavelmente a mais difícil, em especial, para os jovens de hoje. Actualmente, a privacidade é o inimigo número um de todo o jovem. Não só se confessa tudo a toda a gente, como é imperativo que o façamos imediatamente. Ninguém guarda a experiência, qualquer que ela seja, só para si. 

Então, três condições: silêncio, aprender de cor e privacidade. De outra forma, é impossível viver uma grande obra. Até porque as grandes obras são, geralmente, muito difíceis, exigentes. Querem algo de nós. Lêem-nos. Lêem-nos mais do que nós as lemos. 

George Steiner, na Ler n.º 100

Fb: amigos amigos, ex-negócios à parte

Desde o trabalho até às relações, a minha vida em geral é uma história cheia de ironia. Obviamente, que só posso rir.

Não obrigada. Já tenho.

A constatação da minha rápida passagem à condição de dispensável desnorteia-me sem medida na medida em que tu me continuas indispensável. 

(ou, encontrares o teu norte no Norte deixou-me desnorteada)

Só pra eu sacar se os olhos mudam de cor

A memória ou o que dela sobra na experiência é uma coisa muito injusta: escrevi demasiadas linhas sobre uma resposta e quase nenhuma sobre todas as afirmações que o teu olhar me deixou naquele concerto magnífico. Aí não houve dúvidas.

(L): já não se fazem ex como antes

Somos o paradoxo de qualquer relação feliz. Funciona porque tanto eu como tu sabemos da impossibilidade de sermos em conjunto.

(rapidamente corrigiu “moço” para “senhor chofer”. Há sempre a palavra a conduzir-me.)

E são tantas marcas que já fazem parte do que sou agora mas ainda sei me virar

Eva perdida no Paraíso

@ Café do Teatro, Funchal, com uma Brisa Maracujá e a Ler n.º 100. Tesouros.

(alguém para café?)

Avenida do Mar

Um cão é também um isco. Um homem com um cachorrinho é uma estratégia capaz de ladrar e rebolar.

Maria Gadú: obrigada, gente!

A gratidão sente-se e, quando genuína, somos nós que nos sentimos gratos.

(uma mulher que se apresente de ténis, colete, boina e grite naquele tom só poderia ser fascinante.)

Roger over and out

As coisas têm a importância que lhes deres. Relativiza para que não te relativizem. Não fales mais para que não ecoe mais.

Fixe mas tu estás triste

Dela ocultarias todos os males impossíveis, ela que já tem tanto com que se preocupar. Ela que faz poesia com a objectividade. A única que te interessa preservar.

Faz a tua vida sff

Palavras e episódios que te arrebentariam o coração, caso ainda o tivesses. Talvez agora só um espaço vazio aberto no peito, em crescendo. É assim que acontece. Pequenas, irreflectidas, lentas dores. Não permitas que alguém saia da tua presença sem se sentir mais feliz, ou algo parecido. Um dia perguntarão onde foi que se perderam, o que mudou e tu já não conseguirás mais responder.

O agressor é um agredido I

A derradeira manifestação de liberdade é a possibilidade de escolher. 
Disse descanso, sabes cansaço.

O agressor é um agredido

Uma resposta exige tanto de coragem como de respeito. Uma pergunta também.

You should know upfront: não, a Sra. T não vai viajar I

Esperei-te até ao limite da crença, sem deixar de olhar para trás, confiando que no limiar do segundo existiria ainda uma palavra. Mas tu não vieste, não me impediste e calaste tudo. A vida não é nada como os filmes.

You should know upfront: não, a Sra. T não vai viajar

Devias ter ouvido. Não era para ser esta complicação ou dificuldade, era na sua essência bastante simples. Sabias os riscos que corrias e agora tens aqui o resultado. Não te atrevas por isso a culpar outrém que não tu, a exigir, atirar ou reclamar.

Olhas porém para trás e o histórico de repetição, o padrão, está lá para te esmagar as ilusões. Pior ainda do que ganhar os bilhetes para dois e depois não ter quem. O rol de fracassos e este tão maior e à vista de todos. Não caias na fácil auto-compaixão, aprende. Como aquele rapazinho que seguia demasiado atrás da mãe, ela distraída na conversa, ele caiu, magoou-se e ficou uns dez segundos no chão a esperar que a mãe se apercebesse e ele pudesse enfim chorar, mas ela nem notou e ele obrigou-se a levantar sozinho, resignado. Levanta-te também, sem dramas. E não te perguntes mais, cheia de medo, se é só azar ou se é algo mais, karmas e condenação eterna.

Um dia virá e tu receberás o que tens vindo a acumular e não terás mais dúvidas. Por favor acredita ainda, mesmo com tudo isto, para que possas continuar. E agora tira daqui todas as tuas conclusões, mesmo aquelas que não aguentas.

O custo da pressão

O prolongamento da sua hesitação foi directamente proporcional ao custo da tua solidão.

Experiência som








Amanhã, Maria Gadú.

Lucky me


Ross: Hey. Rachel, I-I-I've been wanting to tell you something for a while now and I really, I just have to get it out.
Rachel: Okay, what's up?
Ross: Okay, y'know how you told me I should do whatever it takes to fix my marriage?
Rachel: Yeah, I told you to give Emily whatever she wants.
Ross: And while that was good advice, you should know that what-what she wants…
Rachel: Yeah?
Ross: …is for me not to see you anymore.
Rachel: That's crazy! You can't do that! What are you going to tell her? (Pause) (Realizes) Oh God. Ohh, you already agreed to this, haven't you?
Ross: It's awful I know, I mean, I feel terrible but I have to do this if I want my marriage to work. And I do, I have to make this marriage work. I have too. But the good thing is we can still see each other until she gets here.
Rachel: Ohh! Lucky me! Oh my God! That is good news, Ross! I think that's the best news I've heard since Le Poo died!
Ross: You have no idea what a nightmare this has been. This is so hard.
Rachel: Oh yeah, really? Is it Ross? Yeah? Okay, well let me make this a just a little bit easier for you.

Come away with me. Look at me.

A cena de Pedro Paixão

Tive a minha cena de filme e não soube a tempo.

Só mais tarde me disseste que a primeira vez que me viste eu estava a ler Pedro Paixão e achaste por isso que eu teria o meu pequeno quê de especial. E comovo-me em diminutivos quando ainda por vezes me lembras disso. Diminutivos quando me lembro do livro no início do ano e descubro que sou fácil de conquistar ou que tu me descobriste antes ainda que eu me apercebesse que a minha cena já passara.

As minhas Quintas são melhores do que as tuas

- Para acabar de vez com a cultura, Woody Allen;
- Girls in Bikinis, Pedro Paixão.

5 Euros cada.

CAP: Powerpaint

Credibilidade é, num módulo praticamente dedicado ao Powerpoint, o formador insistir em Powerpaint.

In spite of: I guess that's the difference

The One With The List.

ROSS: Rach, come on, look, I know how you must feel.

RACH: [near tears] No, you don't, Ross. Imagine the worst things you think about yourself. Now, how would you feel if the one person that you trusted the most in the world not only thinks them too, but actually uses them as reasons not to be with you.

ROSS: No, but, but I wanna be with you in spite of all those things.

RACH: Oh, well, that's, that's mighty big of you, Ross. [to the others] I said don't go!

ROSS: You know what? You know what? If, things were the other way around, there's nothing you could put on a list that would ever make me not want to be with you.

RACH: Well, then, I guess that's the difference between us. See, I'd never make a list.

The mean(ing)

O problema é tu releres com medo de magoar ou ouvires músicas assim. Um blogue não deve servir para crises ou para diálogos imperfeitos com ninguém. E não deve ser para os outros senão mais que para ti.

All memories are sweeter cause there gone



Isto é realmente muito bom.

Come away with me. Answer me.

Com o tempo vais aprendendo que as palavras rápidas nem sempre são as palavras certas, respiras, pausas e só então te atreves. Mesmo agora poderá ser precipitado mas sufocas e tens por isso de continuar.

Uma resposta é uma escolha. Faz a tua. Estou preparada e temo, com a crua desilusão da expectativa, sabê-la já. Não tenho prazer em ultimatos, acredita-me, mas um pedido deveria bastar-te. Terias história suficiente para saber que a hesitação traz mais dor do que a afirmação, porque tudo o que possa vir depois da hesitação sofre da dúvida. O primeiro golpe é o mais fundo e qualquer dependência que não assente exclusivamente em ti, como esta minha, é uma humilhação. Não te importas e não queres que te importem. Somos todos egoístas e estamos todos felizes com isso. Bem-aventurados nós. O merecimento não chega para ti. Ou para mim. Os valores acima das competências. Não demonstra a sua competência pela incompetência dos outros. As prioridades, sempre as prioridades, e também os conceitos, os meus sempre tão diferentes e cheios de Inglês. Don't get me wrong.

A Rihanna é uma burra e os seus discos vendem aos montes. Mais uma oportunidade e ela correu. Não gosto da Rihanna. O peixe na sua rede como devido, o comportamento esperado, esperado até por ti. Todos os argumentos lógicos e os ilógicos. E precisar de argumentos já te denuncia na vontade que não deve ser justiça ou agradecimento e apesar disso. The one with the list. Descansa, descansa. Antecipo, é uma questão de auto-preservação e agora basta, dirás. Comportamento gera comportamento e gostavas tanto de conseguir mas não consegues.  Precisavas tanto e não consegues. Não despertes o que não podes calar. Todos os Euromilhões para chegar àquela mesma conclusão de solidão e desalento. Mais uma vez. A certeza do duradouro e a conquista do efémero, a satisfação no garantido e alegria no recuperado, e tu que, por muito que tentes, não consegues entender a parábola do filho pródigo. A única insana aqui és tu, que ainda acreditas.

Talvez se não tivesses escrito este texto.

Quase Milka

Trocar a terapia do deboche pelo abraço. 
A tua pouca habilidade. 
O toque tanto e tão pouco.

My own private Marilyn












(...)
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
(...)
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
(...)
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
(...).
Ruy Belo
 
Às vezes tenho muito medo de te chamar Marilyn e tu achares que eu tenho razão. Raramente tenho razão. Ou talvez apenas quando sei que tenho razão. Para o que quer que seja que ela me sirva, sei que não te quero Marilyn porque não estás sozinha.