Customer development: validar clientes













Comprariam a carteira acima? Qual o valor máximo que estariam dispostos a pagar por ela (a carteira, naturalmente)?

Porque tudo se escreve com a tua letra

Porque eu amo-te, quer dizer, estou atento
às coisas regulares e irregulares do mundo.
Ou também: eu envio o amor
sob a forma de muitos olhos e ouvidos
a explorar, a conhecer o mundo.


Porque eu amo-te, isto é, eu dou cabo
da escuridão do mundo.
Porque tudo se escreve com a tua letra.


Fernando Assis Pacheco

Os Oscares quase aí I











Watch your thoughts for they become words. Watch your words for they become actions. Watch your actions for they become... habits. Watch your habits, for they become your character. And watch your character, for it becomes your destiny! What we think we become.

(Meryl Streep merece.)

Os Oscares quase aí












That's what she does, she breaks hearts. She'll break yours.


Confirma-se a verdade do Blue Valentine - quanto mais bonita a rapariga, mais louca é.

(excelente trabalho de Michelle Williams)

Contigo em contradição pode estar um grande amigo

E, sabendo que apesar dos seus conselhos eu iria agir exactamente em oposição, disse: "Olha para nós: eu mudei, tu mudaste, e a Marisa...a Marisa continua a mesma".

Como se fosse uma concorrente de um programa de música

As vossas palavras, os vossos emails, são-me extremamente importantes. Há dias em que gosto muito de ter este blog e que agradeço tudo o que me tem trazido. Agradeço os meus amigos de todos os dias. Agradeço também por vocês.

Start over again

Decidimos por nós. Conversamos tudo e decidimos continuar. Sou feliz. Obrigada a todos.

Long version

Amar e ser amada, tudo se resume ao equilíbrio sereno entre estas duas equações. Nunca menti, afinal, quando te respondia "amo-te mais". 

Dói-me não conseguir entender, dói-me não conseguir reparar, fazer nada a respeito. Fazemos planos, estamos visivelmente felizes, acreditamos que desta vez é que é, esta é a tal, esta é a minha vez, e depois, inesperadamente, tudo acaba. E vamos rever todos os momentos, cheios de urgência em descobrir onde falhámos, em encontrar os sinais de alarme que não percebemos antes. E já é tão tarde, tão inevitável, tão irreparável, que só resta tentar aceitar. Esgotar todas as forças até aceitar, chorar todas as lágrimas até as secar e ficarmos com os olhos inchados, lembrar até aceitar. O sofrimento é ideal para as auto-biografias.

Ele tem razão quando disse que o pior não é tudo o que sonhámos e não fizemos, o que magoa é termos tido algo e agora já não termos. O que magoa é como é que pessoas que se eram tudo, com o tempo, passam a ser nada. Como é que ontem eu era ainda o amor mais lindo da tua vida e agora sou um engano, como é que um dia nos demos e agora não nos sabemos, e as palavras doces dão lugar às palavras secas. O que entristece é o nunca mais. Isso é que eu não aceito e isso é porém o que se vê todos os dias.

Os amigos - que felicidade tê-los assim como são - insistem muito para me manter ocupada, para me distrair, para não ficar a remoer a lembrança, que agora importa é esquecer. Mas o que eu quero é lembrar-nos, é essencial que eu te lembre para que te consiga esquecer, e o grande sofrimento glorifica o amor que houve. O luto é essencial para a aceitação.
Pelo caminho cedemos, começas a duvidar de tudo e de todos, a acreditar que nunca mais te vais conseguir apaixonar por alguém, o tempo a passar e só tu não te resolves, a protestar porquê tu, a usar palavras como merecimento e justiça, e o caminho será longo.

Pensei hoje que, quem sabe, talvez tenha sido uma praga. Precisamos muito de tentar justificar aquilo que não entendemos, como se faz com deus. Lembras-te de te ter contado daquele aniversário a que fui e a rapariga pôs-se a dizer-me para que eu aproveitasse bem porque acaba sempre e depois, com sorte, fica o respeito e algum carinho? Pensei nisso. Pensei também naquele mito da crise dos sete meses. Pensei que fosse só um sonho mau. Queria ter acordado e tudo estar bem, como antes. Na tua atitude nobre, sincera, lembraste-me que não, hoje igual a ontem e igual a amanhã, acabou, não é o bastante. 

Não te posso e não te quero convencer, tu saberás o que é o amor. Sei que também não é fácil para ti, tenho a certeza que também não estás no teu melhor. Acredito que não vais responder, talvez derrames uma lágrima, que não mudará nada. Não te posso e não te quero fazer de má da história. Não mais vou escrever sobre este assunto, o sofrimento deve ser recatado. Todos os dias, a toda a hora, em todo o lugar no mundo, há relações que terminam. Esta é só mais uma. Esta foi a nossa. Isto ainda podia acabar bem.

(sinto tanto a tua falta.)

Como é que se sabe que é amor?

Trabalho de campo para utilização futura e ajudar quem precisa de esclarecer sentimentos.
Apelo a todos os meus queridos leitores a que deixem por favor a sua resposta.

A gerência agradece.


 


So with my best, my very best, I set you free



I wish you love.

Short version

O amor é um doce engano (no more).

Don't care now who's to blame

It's over

Não é roupa suja, desculpa se parece. Desculpa também a pressa a vir para aqui derramar tudo. Conheces-me, sabes que é necessidade, é necessidade.
Sei o fim desta conversa. Sabíamos que quanto mais prolongassemos, mais fundo e doloroso seria o corte. Chegou o momento. Sabia de antemão todas as condições e aceitei-as. Tentámos e regozijo-me nisso. Há gente que nem sequer tenta. Não altero um único ponto do que escrevi por aqui, podes ler e ainda é tudo verdade.
Agora respirar, não tentar perceber, ir vivendo. Acabou-se.

It's over: novelo

Por detrás de um problema menor, há sempre um problema maior, de fundo. Quem te mandou puxar a linha do novelo.

It's over: para memória futura

O amor não é uma construção. Não é sequer uma questão de justiça. O amor é uma certeza.

[Errata ou adenda, como preferirem: o amor tem mais de crença, de acreditar, do que de certeza.]

It's over: viver com isso, novamente

"as mesmas, mesmíssimas palavras, a mesma, mesmíssima promessa, a mesma, mesmíssima ficção. tudo o mesmo, e no entanto nada. amo-te, só penso em ti, só te quero a ti. passas a vida a querer ouvir isto — tu e toda a gente. não inventas nada. só um rosto e uma voz para a cena, porém. um rosto e uma voz que não encontraste ainda ou que já conheces. só aquele. nenhum outro para o papel, nenhum outro para o fulgor. assim meses, anos, até que um dia muda, e tu não sabes porquê, não percebes, talvez nem queiras, talvez resistas, mas um dia já não queres ouvir nem dizer. perguntar-te-ão mil, milhões de vezes o que tu te perguntas — por que desapareceu, que era que desapareceu, onde está. não sabes dizer, não tens resposta, escutas o teu coração, tentas ouvi-lo como quem tenta ouvir deus, pedes um sinal, uma palavra, qualquer coisa. não virá daí luz, nenhuma luz. aprende comigo: nunca saberás porquê. nunca terás respostas e muito menos ‘a resposta’. é assim porque é assim, é assim como tudo é porque é. podes depois fazer contas e atribuir culpas e méritos, fazer colunas, longas colunas de deve e haver. mas não chegarás a nada, nenhuma iluminação. podes até dizer: se deixou de ser nunca foi. porque qualquer coisa assim tão intensa que se esvai sem aviso, sem notificação, não pode ter sido. inventaste tudo. enganaste-te. foi mentira. foi, foi mentira. não, nunca houve. não, nunca foi, nunca foste, nunca foram. inventa outra vez, inventa razões, motivos, enganos, traições. talvez nem tenhas de os inventar, talvez tenha havido isso tudo. e a outra coisa. sei isto, aprende comigo: nunca te habituas ao fim dessa coisa que nem sabes bem o que é. nunca te conformas nem resignas, mas vives com isso. vive com isso."

f.

It's over: pérfido sentido de humor

É de um pérfido sentido de humor que ontem eu tenha lido "como é que se esquece alguém que se ama". É de um pérfido sentido de humor que hoje, agora, vencida pelo cansaço, a música que toca ao entrar no carro é "cedo o meu lugar". É de um pérfido sentido de humor que eu tivesse preparado aquela camisa de noite para hoje. É de um pérfido sentido de humor que amanhã seja feriado e esteja sol. É de um pérfido sentido de humor ter acordado contigo e ter me sentido em casa. É de um pérfido sentido de humor brincar com coisas sérias.

It's over: gmat

No gmat avaliam-se condições necessárias e suficientes.
No nosso caso foi também assim: as condições eram as necessárias mas não eram as suficientes.

It's over: sete

E, a um dia dos sete meses, terminou.
Todas as histórias têm duas versões e aqui só estava escrita uma.
Qualquer relação, seja em histórias ou na vida real, precisa de dois lados.
Não perguntes o que aconteceu. Ninguém entenderá. Acredita que nem eu.

The best or nothing I

Por vezes acredito ser a única pessoa no mundo capaz de pensar tais parvoíces ao ver um simples anúncio a um carro. Não fantasies. Tudo está na tua frente e o mistério és tu quem o faz. "Quem tiver olhos, que veja" sempre foi a frase.

The best or nothing

O contentamento será algo a meio do caminho entre a publicidade da Mercedes-Benz - the best or nothing - e o "that'll do, pig" do Porquinho Babe. Mais do que suficiente, menos do que melhor.

A qualquer relação está subjacente essa necessidade, a de fazer do seu suficiente o seu melhor. Ou vice-versa. Assim, o contentamento passa a aceitação e a aceitação passa a crença e a crença passa a verdade. Contentamento é uma palavra que não chega a ser completa, que se compraz na sua suficiência. Não te contentes pois mas que tenhas a capacidade de aceitar e de reconhecer o melhor, que já tens.

Tu és o meu melhor. Chegas até a sobrar-me.

What your bad boyfriend do?















Conseguir colocarmo-nos em perspectiva é um feito difícil mas admirável.

Overrated

O desejo necessita tanto da vontade como da conveniência. Tempos modernos.

Uma relação liberal

E, chegadas ao Dia dos Namorados, ela disse: "amor, acho que temos de arranjar uma pessoa".

(referia-se a uma empregada doméstica)
(espero.)

For once in my life I























Chego atrasada, como habitualmente. Ainda assim, como habitualmente, recebes-me no sorriso mais largo e mais belo. Não foi excepção. És a minha casa e aquela palavra no teu ouvido, amo-te.

For once in my life



For once in my life
I have someone who needs me
someone I've needed so long
For once I'm afraid I can go where life leads me
and somehow know I'll be strong


For once I can touch what my heart used to dream of
long before I knew, someone warm like you
would make my dreams come true


For once in my life I won't let sorrow hurt me
not like it's hurt me before
For once I have something I know won't desert me
and I'm not alone anymore


For once I can say: this is mine you won't take it
Long as I know I have love I can make it
For once my life I have someone who needs me

On being lame

O meu grau de lamechice é proporcional ao meu grau de exposição à rádio Marginal.

Só me interessa o que é íntimo

O que conta, no fundo, é o compromisso entre o que expões e o que esperas.

Auto-medicação espiritual


Bruno Vieira Amaral, n'A Douta Ignorância

What it takes

O problema do conto é não ser uma crónica. É exigir uma história, um enredo onde se segure como um caminho a percorrer, com mais ou menos voltas, com mais ou menos atrasos e acidentes de percurso. É tão difícil criar uma história quando o mundo as dá de bandeja, pensamos que estamos a fazer algo diferente, algo novo, e disso já há, a realidade não precisa de histórias, tem-nas em abundância para todos os gostos e feitios, umas que dão mais vontade de rir do que outras, umas que poderiam ser ficção e nunca são. Já ele escreveu que deus só fez o mundo porque gosta de histórias. O problema é que é preciso construir personagens, nem que seja apenas uma, mas moldar-lhe o carácter e as manias, ser criador e fazê-lo adão reconhecível, do barro ao pó dar-lhe uma forma, um corpo e uma certa maneira de pensar, um passado e com sorte alguma possibilidade de futuro. O trabalho de campo que isso exige! Analisar perfis, conversar com pessoas, observá-las como estranhas que são, uma trabalheira chegar a descobrir-se alguém. E depois o perigo de resvalar para o autobiográfico, tão difícil escapar ao que somos, fazer tábua rasa do quanto nos aconteceu, estavas tu muito bem e quando olhas estás lá tu. A folha branca só inspira inspirados, para os outros é tormento a vencer, inimigo em provocação, o que esperavas. Povoá-lo depois de adjectivos, muitos de modo, outros sem modos nenhuns, embelezá-lo com palavras de dicionário elitista, para agradar críticos e impressionar tolos, ou num estilo simplista, que exiba a nú as tuas raízes sem decoro ou convicção. É muita página, é muita palavra, acho que não percebeste bem ainda a dimensão do que me pedes. É que escrever vem da escrita e a escrita vem do escritor.

To add her inital to my monogram



(ou a versão da Amy.)

2,1: despertador

Nos tempos modernos, o amor corre perigo. O cansaço de todos os dias, o sono, hoje não, melhor amanhã. Nos dias de hoje o amor tem hora marcada.

Atonement: a história que nunca aconteceu














Come back. Come back to me.
A história mais triste é aquela que nunca aconteceu.

(adoro este filme, a terminar agora, no Hollywood)

Entre o tragicamente impossível e o deprimentemente possível III

"Nós os portugueses temos de fazer duas coisas: 1. acordar e 2. aprender a sonhar com o que está ao nosso alcance. O mal da nossa classe política é só conhecer dois registos: a utopia megalómana e a banalidade mesquinha. O nosso sonho ou é o Quinto Império ou então chegar ao fim do mês e conseguir pagar a conta da luz. O pior é que estes dois sonhos - o tragicamente impossível e o deprimentemente possível (...).
Os melhores sonhos de todos são aqueles que nos põem a pensar e a mexer. Os únicos sonhos de que vale a pena falar são os que não nos deixam dormir."

Miguel Esteves Cardoso, in Último Volume


Entre o tragicamente impossível e o deprimentemente possível II

Fala-me do nível de vida, da qualidade de vida, das poupanças que a Suíça tem permitido acumular. Há muito a dizer sobre o sucesso dos amigos, como sempre, e "pé de meia" é uma expressão tão antiga e tão necessária porém. Tentar ainda proteger os pés, tentar ainda que o pé caiba naquela meia, aguentá-la até que se rasgue, esburaque, desfaça. Até que se possa comprar meias novas, é nisto que penso.

(a avenida conceituada é só fachada, uma vaidade para mostrar aos tolos da aldeia. o nome continua a ser tudo, aqui ou lá.)

Entre o tragicamente impossível e o deprimentemente possível I

Que se enganem como puderem: o trabalho, por mais prazeroso que o seja, é (mais) um meio.

Entre o tragicamente impossível e o deprimentemente possível

Saber quem escreveu Ulisses não te paga um carro a pronto. Saber calcular o SPI de um projecto não te compra um LCD. Aquela frase, insistente, entre os teus pensamentos mais inúteis. "Ele que deixasse os livros, diziam, para os paralíticos e os moribundos."

A visitante

Sinto-me cada vez mais uma visitante na minha própria casa. Ainda não sei bem o que significa, o bom e o mau da situação. Terei sido demasiado má para ti, isso sei. O peixe morreu, uma vez mais, pela boca.

O issue de Londres I

Um consultor não tem problemas ou dificuldades: tem issues.

O issue de Londres

Num conflito há sempre duas partes, não o esqueças. Só poderás ser justa quando ouvires ambas as partes. Até lá, qualquer posição é precipitada. Não precisarias de ser Salomão.

Fulfilled

"Fulfill", "fulfillment", são palavras intraduzíveis e dizem tudo.

O começo deste livro será precioso, acreditem


no Colectivo Chato

Programação cultural: Marilyn

Heaven is a place on earth with you



It's you, it's you, it's all for you
Everything I do, I tell you all the time
Heaven is a place on earth with you
Tell me all the things you want to do
I heard that you like the bad girls
Honey, is that true?
It's better than I ever even knew
They say that the world was built for two
Only worth living if somebody is loving you
Baby, now you do

Mickey: Singularity university

É preciso ter-se muita auto-confiança e bom-humor para ir ao ISEG falar sobre o futuro com uma gravata do Mickey e um gorro com orelhas de Mickey. Disse que pelo ano 2045 vamos todos ser imortais e eu acreditei-o. Sempre tive para mim que todas as pessoas verdadeiramente inteligentes são as que menos se levam a sério.

Do one thing everyday that scares you

Inscrevi-me no call for speakers do Ignite: é mais barato do que o Toastmasters.

Zona Nobre de Lisboa

Num espaço de semanas, vi a passearem-se por Santo António dos Cavaleiros um Lamborghini e um Ferrari: os ricos também montam secretárias (falo do Ikea, naturalmente).

Factor crítico de sucesso

Ter estacionamento é um (o!) factor crítico de sucesso muito (mais!) importante num restaurante.

Start over: conhece os teus valores

Parece que é agora que vou ter de ler o livro de Jack Welch, há demasiado tempo parado na prateleira.

Start over: abordagem prática ao risco

Na necessidade somos todos conservadores, avessos ao risco.

Start over: separação

No trabalho como na vida: uma separação amigável é sempre preferível (e mais barata) a uma separação em litigioso.