Alta definição ou Esta música não me acende

Não gosto do Pedro Chagas Freitas embora goste do bom-gosto de quem lhe gere a página da Fábrica de Escrita, exceptuando as fotografias. Abomino, de resto, fábricas de escrita de qualquer espécie, incluindo a da escrita sempre criativa. Não sei se a minha irritação com o Pedro Chagas Freitas é inveja. Acha-se o maior, sabe vender-se e resulta, alguma coisa de louvável há nisso. Não quero pensar que possa ser inveja porque, para ter inveja, que seja dos melhores, de quem vale a pena ter inveja de tanto se querer chegar àquele nível. O Pedro Chagas Freitas é só um tolo que me irrita. E, se me irrita, é porque não sei se é dele, que não o conheço de lado nenhum para me suscitar tanto sentimento, se é da escrita dele, que é tão medíocre e previsível que quase poderia ser auto-ajuda, ou se é das pessoas que gostam tanto dele, e que com isso convencem-me sempre que somos, realmente, do tamanho daquilo que conhecemos. Gosto muito da palavra amador. Não gosto de fraudes apesar de nelas haver sempre um mérito a reconhecer. Acredito que qualquer pessoa pode escrever - há por aí tanto blogue melhor do que livros - e acredito na mão invisível do mercado que sempre arranja oferta para saciar uma necessidade. Irrita-me esta necessidade tola.

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