Esta poderia muito bem ser a fita de graduação que nunca te hei-de escrever.

Se o vento mudar de direcção e se nos desencontrarmos na estrada, que saibas hoje que não duvido por um segundo. Haverás de ser a maior. Porque não conheço mais ninguém que ambicione com tanto detalhe o seu futuro sem porém se prender a um único plano. Há tantos caminhos, disseste, e nunca mais esqueci. Porque não te distrais nas quedas e nos meios, porque sabes o fim a que buscas. Porque não conheço mais ninguém que coloque tanta determinação e tanta paixão num tópico, ninguém tão completo no seu conhecimento do que importa, em altura, profundidade e comprimento, e cumprimento. Porque sacrificas a vontade e te obrigas a lembrar o porquê a cada manhã, recusas teorias enciclopédicas e firmas e confirmas o trabalho e a vocação pela prática dos dias. Porque sabes ver. Porque não tens dúvidas de que vais ser a maior, haverás por isso de ser ainda maior. E eu poderei então dizer que sempre soube, a boca escancarada de vaidade para dizer que nisto nunca te sobrevalorizei. O mundo é uma aldeia e tu és a maior.

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