Everything in the world is about sex except sex. Sex is about power.
Digam-me uma coisa: sem pensarem muito no tema, qual a primeira palavra que vos vem à cabeça quando se trata de sexo?
PS: isto não é só uma pergunta para reflexão nem metáfora para coisa nenhuma, é coisa séria e gostava muito de ter as vossas respostas na caixa de comentários, sff.
Just don't get lost.
Não existem paixões maduras. Todas as paixões são adolescentes. Nascem adolescentes e morrem adolescentes. Por isso as recordamos vivas e doces, porque não chegam a padecer dos amargos de serem paixões consumidas de velhice.
Where you invest your love, you invest your life.
Não é que me tivesses mudado a vida, como se conta nas paixões adolescentes, mas acordaste-a. Agora vivo acordada, é isso.
Vaguear pelas ruas, procurar-te, e quando te encontrar ter a certeza de que não me pertences.
Há dias em que só me resta amar, sinto-me incapacitado para outras tarefas. Amar-te, é tudo o que consigo fazer. Vaguear pelas ruas, procurar-te, e quando te encontrar ter a certeza de que não me pertences.
Mas, apesar de tudo, preciso de amar, mesmo que tu nunca saibas.)
Hoje sinto-me vazio de tudo. Nenhum mar se agita dentro de mim. Nenhum vento me traz o cio do mundo. A violência. O tédio. Estou só, contigo num jardim da memória.
(É um acaso se alguém me ouviu pronunciar as palavras do amor. Nunca o digo. Tenho medo de me estilhaçar contra a inquietação das horas...)
Al Berto, Diários
(acho que Al Berto é o escritor mais só que conheço. chega a dar-me pena.)
Enquanto a vida não se regenera vou ler-te as mil e uma noites.
O termo em Inglês é talvez mais correcto do que em Português porque não se trata de uma validade, um momento pontual que tudo termina, mas antes um momento a partir do qual as características do que era bom se vão esgotando. Se continuares, não é que morras mas que saibas que o melhor era antes, a partir de agora já não será assim, só algo que se vai esfumando no tempo. Trata portanto o que é bom como se fosse eterno mas sê consciente de que tudo tem um “best before”. Assim as relações.
And if I may just take your breath away I don't mind if there's not much to say.
Com as Sextas-feiras nunca se sabe se o mundo vai parar, recomeçar ou simplesmente continuar. Todas as Sextas-feiras vem-me uma ansiedade familiar que só sossega na tua palavra. Falo-te no silêncio, a melhor forma de chegar a alguém, e digo o teu nome uma, duas vezes, com o diminutivo de uma ternura ou a fúria de uma vontade. E às vezes tu ouves-me e vens.
People empty me. I have to get away to refill ou Não se deve exagerar em ser verdadeiro, excepto se nisso houver algo de inimitável.
É raro encontrar pessoas honestas com a sua própria solidão. Apregoam-na como escolha, à acusação ou à defesa, mas não passa de fracasso dissimulado de escolha. De todas as pessoas que conheço, identifico apenas uma que leva uma solidão genuína e, mesmo essa, não quer tornar-se pessoa só.
Não há nada pior do que o fastio de se ser sensato.
Olho o boneco vodu que me serve de porta-chaves, com a sua boca selada, os olhos em botão e o coração nas mãos, lembro-me onde e das circunstâncias em que o comprei, e penso em ti. Depois, neste momento, quando regresso ao portátil e tento recriar os mesmos pensamentos, fixo-me naquelas palavras sem saber como avançar. Penso em ti, estas. Agora que sabemos bem o que é de ser e o que não é de ser, quando o tempo, sempre mais experiente que nós, fez acontecer outras pessoas, outros sentimentos e outras vidas, é preciso regressar àquele assunto interdito para agradecer-te.
Envaideço-me sempre que nos tomam por casal e estou certa de sentir que é este outro afecto recíproco, tantas as vezes que já sucedeu e ainda que o teu ex-namorado dissesse um dia que nós haveríamos de ser um casal engraçado. Não é também há toa que não me envergonho de dizer que és mulher difícil pois precisei de seis meses para te levar para a cama, piada de brincar com o fogo. Mas não há cá Milas Kunis e, se alguma vez falámos seriamente dessa hipótese, foi só para consentirmos que o risco do futuro não chegaria para compensar a excitação do momento. E, porém, há o cabelo e tudo o que se dá. Tu dirias que muitos queriam ter mas era meu e deus sabe que poucas coisas prendem tanto como a ilusão de sermos especiais.
Para o que der e vier, existimos nós agora. E se existimos, é também por aquela escolha que um dia fizeste e que eu não estava preparada para aceitar na altura, por casmurrice ou desordem. Agradeço-te por me teres deixado à espera no aeroporto, naquela viagem que não chegámos a fazer juntas. Agradeço-te por sermos nós ainda hoje.
Dá-me uma borla.
Avassala-me o corpo e deseduca-me a vontade porque só me apetece fazer-te imoralidades.
O prazer tem que nos intimidar, para ser sincero.
Antes era esperança e por isso aquela tranquilidade, o resultado ao acaso. Agora é expectativa e por isso esta ansiedade, a intimidade intimidada.
If all you want is happiness, say no (this must be modern love).
Claire if all you want is happiness, say no. I’m not going to give you a couple of kids and count the days until retirement. I promise you freedom from that. I promise you you’ll never be bored.
Frank Underwook, House of Cards
Entediante, a felicidade pode ser uma eternidade. Escolhe bem o que queres.
I loved you at your darkest.
Quando te cruzares com epitáfios como os do título acima, lembra-te: o amor não é de acusar ou de merecer e, menos ainda, coisa de transaccionar.
What doesn’t kill you makes you obnoxiously weird and unbearably wise.
A autopiedade é um sentimento fácil que requer que uma pessoa ande atenta e se acautele. A força de carácter revela-se também sobre as fraquezas que o vão moldando. É necessária uma certa autonomia e uma certa competência para a dor. Ela diz que a dor tem que ser irmã do génio senão é só desperdício, e eu concordo. Não a querer apressar, não a querer impor a mais ninguém, não sair a distribuí-la por aí. Cada dor é pessoal e intransmissível. Há por isso que saber cuidá-la com o devido preceito e com o devido respeito.
Que nada nos una para que nada nos separe.
As minhas histórias de amor preferidas são as histórias interrompidas. A imaginação é sempre mais doce e clemente do que a realidade.
Mañana saldré de casa como lo hacías tú, para continuar tú viaje.
Se a vida for esse comboio que um dia me ensinaste, pessoas sempre a entrar e a sair e outras que vão até ao fim da linha, haveremos de encontrar-nos noutra estação lá à frente. Espera-me só mais um pouco.
Não sei se foi o tempo que nos escapou adiantado ou se fomos nós que lhe fugimos. Para o bem e para o mal, prefiro acreditar que controlo o meu próprio tempo e uso desta mesma convicção para explicar por que é que geralmente não uso relógio. A vida, porém, teima em acontecer sobre o que não conseguimos controlar, a puta.
Teria sido diferente se tudo tivesse sido diferente? Ou seríamos por uma vez pessoas normais a seguir o mesmo rumo das pessoas normais? Em que momento tropeçaríamos no inevitável do nosso futuro? O futuro que fazíamos não era o da posteridade mas o do próximo milésimo de segundo. Fizemos nós tanto futuro que não precisaria de mais nenhum para continuar agora, podes acreditar. Talvez tu sempre tenhas sabido de nós antes mesmo de mim e aquele gesto pouco suspeito levasse já tão discreto o fim.
Raramente coincidimos no sentir e na memória, é necessário um qualquer intervalo para assegurar, confirmar e só então assimilar. Depois já passou. É por isso que a felicidade vem tarde, na maioria dos casos. Não que ela não esteja lá, nada disso. Mas éramos felizes e não sabíamos, como se a felicidade nos distraísse. Nós não éramos a maioria, felizmente. Fizeste-me conscientemente feliz.
Hoje não vou pensar mais nisto. Já não demoro muito e sei que nos encontraremos em breve. Até lá, (sou) continuação.
Plantar os discos e os livros e quem sabe uma menina (por mim até podem ser mais).
Feliz aquele que procura as coisas simples porque são estas fáceis de alcançar. Quero-te (,) simples.
Sê igual ao teu destino, isto é, impassível como ele.
Disquete, IRC, VHS, walkman, pager, candeeiros a petróleo, machos e mulas, Pessoa, Viriato, Darwin, Sócrates, Adão, dodos, mamutes, dinossauros, amibas. De ti, talvez uma nova amiba ou um novo insecto, já que existem mais de trezentas e cinquenta mil espécies diferentes. Talvez Kafka a escrever a Metamorfose fosse um futurista. De ti, tem a certeza que será muito diferente de ti. Até onde conseguires alcançar a vista, é ainda assim ínfima face à distância que vai de ti ao infinito primeiro. Que acredites que a vida se acabe em ti, que ponderes ser o culminar da evolução face a um sol que nem vai sequer a meio do seu ciclo de vida, é comédia. És um ponto de luz à deriva no espaço, entre uma escuridão e outra. Mas existes agora.
Your country's new, your friends are new, your house and even your eyes are new, your maid is new and your accent too but your fear is as old as the world.
Existem dois tipos de Portugueses em Londres: os da Faina Londrina e os de The Portuguese Conspiracy.
(da minha parte, sempre achei que os estereótipos tem a sua função para a sociedade, nem que seja para quem tem uma actividade cerebral mais preguiçosa.)
Todas as palavras e mais uma.
Esta que escreve não é a mesma que esta que diz. Eloquência é, de resto, uma palavra que deixo para a escrita e sempre de desconfiar. Sou, até nisso, a que tem de se esforçar. Admiro por isso quem usa as palavras no seu sentido mais completo e mais bonito, isto é, sem a pretensão de serem mais do que são. Palavras. Que pelo meio de uma mesma conversa banal, se utilizem - com a mesma facilidade e simplicidade - palavras como "conas" ou "nefasta", "longitudinal" ou "panicar" é já só uma razão pequena entre outras tantas. Se algum dia as minhas palavras foram de dormir, sempre foi com as dela que eu quis acordar.
Até ao fim do fim I
Não há momento para o que é inevitável. Feliz por isso aquele que reconhece a sua culpa como acção e não como reacção pois dele será o perdão original.
Para ser grande, sê inteiro.
A atitude de alguém quando perde diz muito de si. Quando ganha, ainda mais.
My husband doesn't apologize. Even to me.
Apanhado de surpresa na derrota, ela espera dele uma reacção dramática e violenta capaz de sumarizar tudo. Quando ele lhe pede desculpa por não estar a reagir como ela esperaria, gritos e murros na mesa, ela encara-o olhos nos olhos com uma expressão que poderia ser de desprezo ou de amor. Não era a derrota que a desiludia ou mesmo o facto dele não ter conseguido antecipar a possibilidade da derrota. Era pelo pedido de desculpa.
É da condição genética a escolha do parceiro tido como mais forte. Ninguém quer um marido fraco.
(comecei a ver House of Cards. O Kevin Spacey é boss em tudo o que se mete.)
Dos prolongamentos.
Olho os livros, aqueles que me deixam mais orgulhosa do meu bom gosto e do acaso, olho as minhas frases preferidas e notas que aponto de cada um com cuidado, olho os textos deste blogue, bilhetes de concertos e conchas da praia, e até mesmo o poema que leva tão explícito o teu nome, pergunta e resposta para a vida. Deixo pistas mas não sei para quê, não sei a quem.
Lembra-te mais vezes disto
A vida é demasiado breve fugaz para perderes tempo a ler livros assim-assim.
(ou a ler, em geral.)
The heart of my life, the life of my heart.
"Levels of Life" foi, porventura, o livro mais tocante que li em 2013, ao ponto de me ter conduzido à sepultura de Sarah Bernhardt em Paris e ao festival de balões de ar quente em Bristol, como quem fecha um círculo de uma história familiar. Metade do livro é, sobretudo, o desespero de Julian Barnes à morte da mulher. Li-o sem saber da existência de um outro livro seu sobre a morte e escrito anos antes. Agora que leio este depois de ter lido o outro e, portanto, em ordem inversa aos factos, "Nothing to be Frightened of" parece-me somente o resultado de quem não fazia a menor ideia do que falava, mesmo que tenha sido escrito pela morte dos pais. A morte pode ser sempre igual mas as mortes são todas diferentes.
So many maybes, so many ways, so many ladies, so many men (I hope they don't get your mind).
A arte não está em manter um compromisso. A arte está em escolher os compromissos que queremos ter.
I want to. With you (we should do this more often).
Ao emendares um pronome pessoal podes muito bem, inadvertidamente, ter tornado aquele um assunto pessoal e definido. Agora é comigo.
Metade de uma vida
Querem o trabalho mas que não canse, querem alguém mas que sejam só qualidades, querem o amor mas que não doa. Desconfia sempre de pessoas que compram azeitonas sem caroço e pão de forma sem côdea mas tolera as refeições prontas, por uma questão de moral.
Isso se eu tivesse algum bom senso na cabeça. Não é o caso.
"O amor é uma coisa bastante embaraçosa. Pelo menos da forma como eu o entendo: como algo de absoluto. As coisas que aprendemos na vida podiam levar-nos a relativizar o amor. Isso se eu tivesse algum bom senso na cabeça. Não é o caso. Há uma teimosia em entender o amor como coisa absoluta. Sendo absoluta, não é possível. Ficamos com a ideia. A morte é silenciosa. Não tenho nada a dizer sobre a morte."
João César Monteiro, o maior dos mortais.
Mas usa, abusa de mim e eu serei feliz até ao fim.
É preciso coragem para sentir certos sentimentos, sobretudo os mais absolutos. Que me dissesses por isso que tenha cuidado é-me conselho estimado por vir de ti mas tão irrelevante quanto outros pois é coisa que não se deve oferecer a ninguém. Sei ao que vou, asseguro-to. Daquela moeda, lembro os dois lados, tudo e nada. Reconheço-os como fronteiras do tempo e espaço, outra maneira de medir quem sou. Chegava para ser escolha consciente mas é vontade instintiva e tudo o que vem do instinto é, saberás, o mais puro que podemos alcançar. É-me a vontade em estado puro, do verbo querer. Simples assim. Não procuro outra coisa senão o absoluto e levo agora o peito tranquilo. Podes descansar. Sobre o resto, fogo de brincar, sei que é inevitável que a vida aconteça mais tarde ou mais cedo. Mas não devemos ter medo do que é inevitável e enquanto houver vida será a minha de viver.
Memória é identidade ou Ele já ouviu falar de ti, disse ela.
O que recordamos define quem somos. Que nos recordem, garante que somos.
Tachos, tampas e laranjas: derivadas
Desconfia sempre de profissionais que se referem de forma universal a melhores práticas (best practices). Existem apenas práticas particulares que são as mais adequadas ao uso e ao contexto (best-fit practices). Assim as pessoas.
Tachos, tampas e laranjas
Com tanta gente que há no mundo, p'ra mais de 7 biliões numa amálgama inestimável de feitios, taras e manias, é possível que exista realmente alguém que seja o mais adequado para ti. Que o encontres, com tanta gente que há no mundo, p'ra mais de 7 biliões, é um puro golpe de sorte tão ínfimo quanto utópico.
E isso muda o quê?
Fala apenas do que se encontra sobre o teu controlo, aquilo que possas mudar, e surpreende-te com a irrelevância das tuas opiniões, gostos e julgamentos, o irredutível tamanho do silêncio.
Amor fati: outras definições.
"Nada desejar e nada recear… Não se abandonar a uma esperança - nem a um desapontamento. Tudo aceitar, o que vem e o que foge, com a tranquilidade com que se acolhem as naturais mudanças de dias agrestes e de dias suaves."
Os Maias, Eça de Queirós
Love will tear us apart (again).
Aproximo-me, finalmente. Estou tão perto que sinto-te respirar junto aos meus olhos, na tua respiração pura de paz, e não quero adormecer só para continuar a olhar-te assim. Tão perto, que poderiam sentir-se os teus sonhos entre o meu sono. E todavia não te consigo alcançar. Sigo paralela aos teus humores por toda a lonjura do tempo, infinitamente mais próxima e infinitamente mais distante, tendendo para um infinito particular e inimaginável para ser espaço real. Se dos afectos lhes dessemos traços de geometria, tu serias sempre e indubitavelmente uma assímptota na minha vida.
I like that taste. It reminds me of you, disse ela.
Diz que eu, ao contrário dela, tomo decisões depressa e determinadamente e, olhando em retrospectiva, ainda agora não sei se isso será coisa de louvar ou de lamentar.
Management isn't the solution. Management is the problem.
Empowerment não é autoridade, tal como tolerância não é aceitação. Num caso como noutro, há um lado que cede e há um lado que ganha uma ilusão.
Reflexões por ocasião do dia da mulher: Luiz Pacheco
O Luiz Pacheco é a versão Portuguesa de Bukowski.
Reflexões por ocasião do dia da mulher: coisas que se aprendem nos filmes e em documentários sobre sexo
Coisas que nem toda a gente sabe: o vibrador nasceu como resposta à histeria feminina; os flocos de milho Kellogg's tinham como objectivo evitar a masturbação.
Reflexões por ocasião do dia da mulher: mixed feelings
Querem ser tratadas de igual para igual com os homens mas depois assumem que são, de facto, diferentes celebrando o dia da mulher.
A palavra e o silêncio, prata e ouro. Pois.
Fala apenas quando julgares que tens, de facto, algo de útil ou interessante a acrescentar à conversa ou aos outros e chamar-te-ão anti-social.
Is someone getting the best of you?
O mais bonito que alguém pode fazer por nós não é amar-nos, acompanhar-nos ou salvar-nos. O mais bonito que alguém pode fazer por nós é ajudar-nos a sermos a melhor versão de nós próprios.
Life is too short to remove USB safely.
De um lado, alguém que oferece ajuda à espera que o outro não a aceite. Do outro lado, alguém que recusa ajuda à espera que o outro insista. Não conseguimos a sinceridade no mais básico mas queremos é que sejam sempre sinceros connosco.
When your mind's made up
Nisto sou altamente presunçosa: o dia em que admitisses que te consigo fazer feliz seria o mesmo a partir do qual eu começaria a deixar de te conseguir fazer feliz.
Deep down to her soul
“She was beautiful, but not like those girls in the magazines. She was
beautiful, for the way she thought. She was beautiful, for that sparkle
in her eyes when she talked about something she loved. She was
beautiful, for her ability to make other people smile even if she was
sad. No, she wasn’t beautiful for something as temporary as her looks.
She was beautiful, deep down to her soul.” - F. Scott Fitzgerald
Não é (só) o que escreve. É o que a faz escrever. Não é (só) como vive. É o que a faz viver.
(não tenho interesse nenhum, nenhum, nenhum em ti.)
Não é (só) o que escreve. É o que a faz escrever. Não é (só) como vive. É o que a faz viver.
(não tenho interesse nenhum, nenhum, nenhum em ti.)
You had me at Merlot
Um ano depois, talvez não seja a mesma que aqui chegou. Sou mais consciente de que todos os dias acontecem histórias incríveis no mundo. Sei melhor a possibilidade de ser e fazer tudo e de tudo poder mudar. Permito saudades e os dias de sol e de chuva, às vezes os dois em simultâneo. Existo mais atenta e mais simples, acredito. E faço casa em pessoas como quem faz ninhos onde se possa regressar porque o meu coração é um País.
75
Talvez tenham esperado todos até ao último momento que eu chegasse e os surpreendesse e talvez eu os tenha, de facto, surpreendido.
Oscares: the stinky cousin
People see so many movies that when they finally see one not so bad as the others, they think it's great. An Academy Award means that you don't stink quite as much as your cousin. (Charles Bukowski)
Premeia-se com mais facilidade aquele que é medíocre o tempo todo e consegue uma excepção do que aquele que é excepcional o tempo todo como regra. De todas as parábolas, sempre me fascinou a do filho pródigo.
(Gravity foi sobrevalorizado. Opiniões.)
Oscares: such is life I
O Leonardo DiCaprio está para o cinema como o Philip Roth está para a literatura: todos os anos é o seu ano; até não ser.
Oscares: such is life
Que o Leonardo DiCaprio ainda não tenha ganho um Oscar é de uma injustiça muito grande. Mas que este ano não tivesse ganho o Matthew McConaughey seria de uma injustiça ainda maior.
Oscars: beat this, Obama
Goste-se ou não da Ellen DeGeneres - já gostei mais -, a verdade é que não se pode negar que ela é uma máquina do social.
(a fotografia ficou mesmo gira, pá).
Todo o rumor é ave: voa coração, ou então arde.
No presente, outra a pessoa, outro o sentido, e era isto, por todas as vezes:
No antebraço, na letra à mão.
Não existes mas gosto de pensar que sou também quem te conhece como mais ninguém. Quis-te desde o primeiro dia em que ouvi falar de ti, quando eras ainda uma ideia pequenina mas já tão definida e concreta de futuro à espera de despontar, como o poema. Provavelmente nunca ouvirás falar de mim mas foi também para isso que se escreveu aquilo de deitar ao fogo. Porque não existes e já és das minhas pessoas preferidas, acreditas? Sei aquilo de que és feita, os princípios e os desejos. Sei que és livre e simples e a pessoa mais bonita do mundo, não haja dúvidas. A melhor e a maior. De ti, cumprir-se-ão todos os rascunhos. E beijo-te como se pudesses ser minha.
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