Somos a sorte que se criou no azar, sem poder renunciar à origem. É certo que tudo é esta imprevisível e por isso sempre surpreendente procriação de casos com acasos, destinos a devorarem os filhos, os filhos a brincarem ao toca e foge com a vida, é certo isso, que tudo se transforma e mais o que quiseres dizer, mas desequilibrou-se o mundo naquele instante. É por isso uma sorte que não pode escapar a um contexto e um contexto que dita esta sorte se a não soubermos gerir. Que os medos que herdaste naquele instante te não toldem o sentir sem medida: até mesmo ao lugar que se encontra vazio e que se diria sorte, é exigível a escolha de a ele o ocupar, a aceitação de ser ocupado. Esta sorte é pois uma falácia fácil só reconhecível a quem acredita pouco - amar e aceitar ser amado é uma escolha sob que condições seja. Ouve, o teu lugar é o teu.
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