Não me diz que tem saudades minhas mas antes que tem muitas saudades do meu carro. Fala-me quase de trimestre a trimestre, é a pessoa que menos likes me dá, tão pouco me lê ou se lembra sequer do nome deste blogue. Da vida, há muito tempo que partilhamos apenas o essencial, os pormenores apenas quando são precisas intervenções mais determinadas, se está bem, basta isso. Nunca chegou a conhecer a minha pessoa e, a dela, raras vezes nos cruzámos. Com o tempo, conhecemos pessoas novas, mudaram-nos cidades e pessoas mas se está bem, basta isso. Dizemos que temos uma relação aberta. É em muito a antítese daquilo que eu gosto, demasiado cor-de-rosa para o meu trato rude e anti-social e com quem me perco em discussões imbecis sobre a ortografia da palavra "xoxa" (que é com "x"). E, porém é esta permanência discreta que a faz omnipresente além do tempo que possa passar sem nos falarmos, porque os nossos laços não nos prendem mas antes seguram o que existe.
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