Não olhava para trás nem mascarava a realidade. Aquilo tinha acontecido e tinha sido ele quem fez acontecer. Nem sempre clarividente, a verdade é sempre crua. O seu orgulho estava na sua mestria pois até morrer exige competência. Dorme sem sobressalto, vive sem remorso, e espera daí compreensão. Nenhum fantasma lhe assalta a existência porque existir é coisa de vivos, os que deixou sobrarem. Não lhe assustam punições porque não sente a culpa. Fez o que precisava de ser feito e tudo é modo de interpretação. Lembra que são os vencedores quem define os crimes de guerra. Aquele crime não era portanto um problema para ele. Era um problema para a História.
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