Deita a cabeça no meu colo e conta-me de novo dos planos, das ambições e das opções, enquanto me acerco dos teus olhos para lhes sorrir melhor. Então é isto. Mesmo que o futuro mude já amanhã, sei que levarei sempre esse momento, como quem leva a mão ao pescoço para tocar a lembrança mais amada. Quero escrevê-lo e não sei. Há sentires que se furtam ao que é de escrever e se reservam para o toque. Não há nada do que possa entre nós ser ainda dito que não se diga melhor quando a tua mão procura a minha, mãos que adormecem juntas como se se precisassem, muito se quisessem. Estava a ver que não. Foi a casa que tu escolheste. É verdade quando ele diz que não lembramos dias mas lembramos momentos. Então é isto, o tremor da terra.
Regresso a um tempo inaugural, de sonhos e ambições, para entender que esta história é uma questão de
tempo. Tempo verbal. Ali, onde sempre quisera estar, estivemos e fomos. Muito mais-que-perfeito, somos, eu e tu, um futuro à espera de
acontecer. O tempo certo. Engordar contigo, amar e ser feliz. Não, nunca me vou cansar disto.
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