Poderia ser aquela que se exila em Kotor com as teclas da máquina de escrever a sufocar o silêncio raso da baía, apenas perturbável pelo ocasional pescador que entra na noite sem luz outra que a da lua a acender o mundo, ali aninhado entre aquelas montanhas negras. Os meus sonhos são simples e permitem todos os gatos da cidade, até os mais enfezados. Ali, sob os ombros de gigantes, Kotor é o impronunciável da paz, quase um não-lugar de tão perfeito. Faço da noite aliada e respiro dessa paz como um truísmo. Não o contarei a ninguém. Que vão todos para Dubrovnik.
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