Hug or call your loved ones tonight when you get home.

Não sei que lhe diga. Conta-me e noto que espera a minha reacção, paciente. Há um silêncio na linha. Talvez espere que chore ou que grite, mas eu não sei que lhe diga. O que é que se pode dizer? Respondo o mínimo expectável, questiono a minha humanidade. Não sinto nada, só uma vergonha de nada sentir. 

É a segunda vez que me acontece. Felizmente não estava no escritório nesse dia de absurdos súbitos. Recordo a tristeza, mas não a minha. Não me consigo sequer lembrar do nome. Estava e agora já não está. Lembro-me, porém, da vergonha.

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