Encosta-se a mim enquanto caminhamos e dá-me o braço com uma naturalidade que me desconcerta. O toque alarma. Somos as únicas mulheres do grupo e há uma certa curiosidade na diferença. É a anfitriã e quer que eu me sinta bem ali. A noite protege a clandestinidade. Hoje ela fuma e ri, os filhos deitados. É uma mulher atraente e consciente de sê-lo. Pede do brandy mais caro, oferece-me das suas cigarrilhas, pisca-me o olho e sorri enquanto canta. Nessa noite de jazz e Ararat, reconheço das verdades mais ancestrais. O carisma ludibria: quase desejei uma loura.
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