Adormeci durante o voo para acordar, minutos depois, com ele a dormir sobre o meu ombro. Era um homem bonito. Jovem, cara de sagaz, ambição, pouca conice. Talvez também fosse consultor ou outra espécie dentro do busyness. E lembrei-me de quantas vezes também o meu irmão adormecia no meu ombro, no carro. De como, noutra vida, me levantava para ir desligar-lhe a televisão no quarto, ele já num longo sono. Agora o meu irmão terá a idade deste desconhecido, talvez.
Mexi-me só muito levemente, para que acordasse, e fingi que dormia ainda. Não valia a pena colocar-nos numa situação embaraçosa para os dois.
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