Estava magoada ou, a ser mais precisa, estava muito magoada. Sabia que naquele encontro havia risco, não apenas contenção de dano. Havia um forte risco de reacendimento. Porém, ao vê-la caminhar em direcção a si, lembrou-se daquilo que aconselhara a outros tantas vezes. “A vida é o que tu fizeres dela”, aforismo simplório de cartilha. Nesse espaço de segundos, decidiu que o dia era uma página em branco. Não esqueceu. Continuava magoada. Porém, tinha decidido que aquele seria um dia bom. E, por causa dessa decisão, foi.
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