À saída do aeroporto entende-se logo. Dali até à cidade haverão vários cartazes, placas e estandartes a dar as boas-vindas a quem chega à Arménia. Em Yerevan, existem bancos de jardim e bebedouros por todo o lado. E romãs e sumo fresco de romã, símbolo e alimento quase tão tradicional como o lavash. A pedra dos edifícios tem cor própria que dá nome ao sítio, cidade rosa. Na praça da República, um Marriott ocupa o que chegou a ser um edifício de Estado e conta-se que em breve haverá um Holiday Inn no edifício do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A cultura, à semelhança de outros países soviéticos, é respeitada e promovida, sobretudo os antigos artistas camaradas do Governo. É um País com orgulho nos seus, ao ponto de existir uma Praça Charles Aznavour. O Complexo das Cascatas, no Centro de Artes, impressiona quase tanto como existir uma obra de Joana de Vasconcelos no seu parque. Há uma beleza concreta no Complexo pelo seu estado inacabado, tão próximo da realidade humana. Somos sempre um quase. Quando a União Soviética ruiu, pararam as obras, e hoje persiste, para quem se aventurar até ao topo, um enorme hiato de entulho, arame e passado. Por vezes consegue-se ver-se o Monte Ararat, sítio sagrado onde ficou a repousar a Arca de Noé. O repovoamento do mundo terá começado pela Arménia.
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