Espelho meu, espelho meu.

Ninguém lho ensinou e isso é fascinante de observar. A origem do egoísmo e da compaixão estão no mesmo sítio. Testa-me como se tivesse a sua idade. Diz que gosta de mim só mais ou menos. Eu não nasci para ser princesa. Não tenho o cabelo como o dela. O pai natal não me traz presentes. Sou a última. Porto-me mal. No limite, a bondade. É-lhe intolerável assistir à tristeza doutros. Repetimos a mesma cena vezes sem conta. Em todas, persisto maravilhada com o espetáculo do seu crescimento.

Sem comentários: