Assim nos perdemos: abrimos um parêntesis que não sabemos fechar.

Gostava de nós que restássemos num inacabado. O acabado encerra e, a verdade, é que não obstante o que a memória preserva e o que em nós foi por um triz, há gestos que nunca foram feitos. Preferirei por isso sempre um equívoco a uma certeza, sempre o que há de hesitação e pressuposto do que o que há de firmeza e desilusão. É que as certezas matam, sabes? Vou então abrindo parêntesis como quem acredita que a vida não é mais do que uma sucessão de capítulos e, nós, um eterno retorno (quando oiço a canção da Carolina, sorrio sempre quando diz que não se encontra duas vezes tudo o que te dei, muito consciente da minha sorte. É que há gestos que começo e não sei acabar, amor, mas, se tudo em nós for inacabado,

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