As pessoas que eu mais admiro são aquelas que nunca acabam: mais ou menos isto.

Uma espécie de repugnância, de nojo, de zanga crescia em mim numa onda de marés, e apetecia-me empurra-los, Joana, apetecia-me bater-lhes, apetecia-me enxotá-los em direcção do portão, apetecia-me insultá-los até que recuperassem a insolência, o desafio, o orgulho, o desprezo, a firmeza, até que levantassem o queixo da mesa e me fixassem, no refeitório nauseabundo e húmido, sorrindo de altivez e de sarcasmo.

António Lobo Antunes, em Conhecimento do Inferno

3 comentários:

Um quarto para duas disse...

Também li o livro, apesar de ter gostado, a personagem principal deu-me cabo dos nervos do início ao fim. Dava vontade de lhe dar um estalo e dizer-lhe "faz-te à vida, porra!"

Um quarto para duas disse...

Comentário no sítio errado. :)

Marisa disse...

Isso!