Assim nós. O que somos depende em muito do que nos contém, quais as caixas e caixinhas que nos dão forma. Como líquidos, adaptamo-nos. Fazemos por adaptarmo-nos ou somos forçados a adaptar-nos. Nunca deixo de fascinar-me nessa capacidade, barro em mãos de oleiro porvir, os extremos que não podemos sequer sonhar. Quando olhares para trás, serei outra.
Quando te pisam os calcanhares, quem és?
No me toques los cojones. Nem no paraíso há inocentes, perde-se tudo. A inocência, a dignidade, a caridade. As fronteiras esbatem-se, os papéis invertem-se. A sombra esconde a todos e até os predadores têm afectos. Não te tornas aquilo que és, mas aquilo que aceitas ser. Então os ímpios confundem-se com os puros, o agredido feito agressor, só sabes onde chegaste quando lá chegares, só sabes o que não sabes até que o saibas. Quando perdes tudo, quem fica? Até onde vais?
Consta que o corpo humano é formado por 70% de água e faz sentido.
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