Não mo confessam, mas sei que se perguntam, sem entenderem. Porventura, como sucede também contigo. É o seu desentendimento que me dignifica o querer. Como se tivesse encontrado uma pedra preciosa, Euromilhõessíssimo, uma trufa, mas nem a todos estivesse reservado reconhecer o que é de tamanho valor ou, encontrando-o, acabando por confundi-lo com uma batata. Um pouco como aquela moeda de 50p que guardo no bolso interior da mala, ou a caligrafia do autor rabiscada naquele livro, ou aquele berlinde transparente que guardei durante anos para um dia to depositar nas mãos porque deixou de ser límpido quando te descobri os olhos. Um pouco, vá, como tu.
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