Não estou apaixonada por ti. Não sinto nada mas, se fosse ontem, chamar-lhe-ia amor. Hoje, chamo-lhe amor. Se fosse daqui por um, cem anos, séculos dos séculos em sagrada liturgia, continuaria a chamar-lhe amor. A pureza de que nos tomámos é ainda das verdades mais seguras que carrego. Há uma inquebrantável força na consciência da felicidade. Ser-se feliz, sabendo-o. Não por me teres amado mas por me permitires a liberdade de amar-te. E se isto não servir para nada, ao menos serve para os poemas.
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