A vossa voz melosa e desabituada numa bebedeira de sono. A tua, quando não dormes e o riso vem fácil e desprotegido, mares pacientes que te desaguam para dentro do peito e só me apetece guardar-te. E a dela, tão pequena e tão perfeita, quando acaba de acordar, olhos de azeitona que me olham como se tudo fosse novo, porque tudo é, de facto, novo. E sorri, sorri tanto e num súbito é só carinho, um lento carinho de festas, beijos e abraços. Os seus dedos que hão-de agarrar o mundo, pousados no meu rosto. O sentido do toque feito sentimento do toque como quem decifra o amor pelas mãos.
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