Everything is broken up and dances.

Se me distraio, ainda te chamo amor. É preciso estar atenta para não tropeçar sobre essa palavra. Foi uma dessas coisas que ficou – como o jeito com que mexes no cabelo, por exemplo – e das quais não me consegui desembaraçar, pese embora o tempo que pesa. Quando te perguntei e me retornaste um único e plausível “não”, foi essa a palavra que te respondi, mas já não a ouviste. Amor. Como quem entende e é impotente. Como quem quer fazer algo e não sabe o quê. Amor. Como quem consente o silêncio, a tristeza, mas não te larga a mão. Ser inútil mas atento, longe mas presente. Amor, como quem guarda e protege. Seja o que for, amor.

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