Dizem que é firme como uma montanha, mas asseguram as lições de geologia que não passa de um aglomerado de massa que, também ela, haverá de erodir com a passagem do tempo. Olho-os, a eles e ao que foi o amor deles, o que é ainda o amor de outros, e reconheço a inevitabilidade dessa lição. O pico tornado planalto, o desejo a dar lugar ao asco, a resignação e a desilusão de ter de dormir todas as noites ao lado daquela pessoa, o secreto pensamento de que a vida seria muito mais sossegada sozinha, melhor, arrisco. Não ambicionar já a felicidade, a felicidade está sobrevalorizada, bastam-me paz e sossego. Para onde vai o amor quando termina?
Estarei desiludida, cansada, ou consciente? Tenho de lembrar-me de comprar o sofá com tecido anti-gato.
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