Dormiu a noite toda fora de casa, sem alarido ou preocupação. Acorda feliz e orgulhosa de si. Tanto, que vai perguntando a todos “estás orgulhosa comigo?”. Rio-me e corrijo-a. Nos seus cinco anos, ainda não atinou com as formas do dizer, que se diz “de mim” e não “comigo”. Todavia, o sentido irreflectido das suas palavras não é menos verdadeiro, talvez até mais acertado. Confundem-se o objeto e o sujeito na mesma vontade. O orgulho que procuramos terá de partir de nós primeiro, é uma confirmação o que buscamos.
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