Há mar e marasmo, há ir e voltar aforismo.

Nunca lembramos nem esquecemos tudo. Somos mais o que lembramos ou as memórias que perdemos, por esforço ou instinto? O movimento exige esquecimento, disse ela, e a verdade é que nunca chegamos a completos, avançamos mutilados e claudiquando pela vida fora, uns mais conscientes do que outros. Definidos pela lembrança ou esquecidos de quem fomos e do que nos sucedeu é então como forjar uma identidade, um novo ser avulso a quem cortaram um membro. Mas não reconhecerá a lagartixa a sua cauda mesmo quando a cortam?

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