O BES é que sabe



A alegria sádica com que tanta gente recebeu a morte de um dos assaltantes do BES (que é testemunhada pelo Blasfémias), a excitação com que se assistiu ao tiro certeiro, o sentimento de justiça feita por saber que morreu um criminoso sem perda de tempo, a satisfação geral com o desfecho desta história nada têm a ver com o facto dos reféns terem sido salvos. Não se assistiu a tamanha festa nos restantes casos, em que todos, sequestrados e sequestradores, sairam são e salvos e os sequestradores foram julgados. O Estado de Direito é, em Portugal como na maioria dos países do Mundo, compreendido e apoiado por uma minoria. Estamos sempre a um passo da barbárie. A um passo. Bastará um político populista, com o devido apoio da comunicação social tablóide, para que a arbitrariedade do poder passe a ser a lei.

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