Com sensatez os adultos preocupados irrompem pelo quarto e perguntam à criança se tem noção de que está a brincar com o fogo, advertindo-a para aquele perigo que espreita entre as suas mãos. A criança, qual bicho ingénuo e despreocupado, ri espontâneamente, quase um tom de troça pelo exagero desmesurado dos adultos, e responde que não se trata disso, que são os adultos que estão a ver mal, que não há qualquer risco ali.
- Isto só uma luz, uma vela para iluminar a escuridão do quarto. Não vêem como é intensa e bela a luz que dela irradia?
Mas, secretamente, quando os adultos fecham a porta, a criança inquieta-se e demora a dormir - na realidade tem medo de um dia acabar por se queimar enquanto olha encantada aquela vela (é tão bonita, a sua chama é tão límpida!). Mas ninguém precisa saber. O que importa é a luz daquela vela e a serenidade que causa naquela criança - a noite não mais abrigará papões maus, lobisomens, bruxas ou fantasmas. Porque existe aquela luz.
- Isto só uma luz, uma vela para iluminar a escuridão do quarto. Não vêem como é intensa e bela a luz que dela irradia?
Mas, secretamente, quando os adultos fecham a porta, a criança inquieta-se e demora a dormir - na realidade tem medo de um dia acabar por se queimar enquanto olha encantada aquela vela (é tão bonita, a sua chama é tão límpida!). Mas ninguém precisa saber. O que importa é a luz daquela vela e a serenidade que causa naquela criança - a noite não mais abrigará papões maus, lobisomens, bruxas ou fantasmas. Porque existe aquela luz.
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