Die Welle (aka The Wave) é um daqueles filmes necessários, com uma mensagem poderosa e inquietante, que todos deveriam ver.
Quando um professor decide orientar o curso de "Autocracia" numa escola Alemã, o tema acaba inevitavelmente por resvelar para Hitler e o seu Terceiro Reich, porém, os alunos logo se desmotivam, prontificando-se a dizer que a Alemanha não pode sentir culpa eternamente, que já não existem nazis e que é impossível que um cenário daqueles se volte a repetir na Alemanha, sabendo o que sabem agora.
Criando todos os elementos presentes em qualquer ditadura, aquele professor vai acabar por demonstrar, da forma mais negra, o quanto estão enganados. Depressa, o que era uma simples experiência em sala de aula cresce para uma entidade/ unidade social com vida própria. A situação degrada-se quando foge ao controlo de todos, conduzindo a um desfecho trágico e imprevisível, mas também infelizmente realista. De resto, o modo como o final foi filmado - inesperado, rápido, nú e cruel - acentua isso mesmo, invocando ainda o terror dos tiroteios em escolas.
Inspirado por uma experiência social real ocorrida na Califórnia em 1960, este filme levanta questões importantes, não apenas por recriar psicologicamente um passado histórico em condições actuais mas sobretudo por demonstrar a importância do grupo no comportamento do individual. De facto, a princípio, o espectador arrisca-se até a nutrir alguma simpatia por aquele conceito, atendendo ao espírito de equipa que ali nasce. Verifica-se assim o quanto as pessoas são facilmente impressionáveis e manipuláveis (Hitler era um Génio, convenhamos).
O facto do filme ser Alemão (vi com as legendas em Inglês) obviamente engrandece o estatuto do filme por razões de responsabilidade histórica, já que pretende demonstrar que mesmo um País que se identifica a si mesmo como culpado não pode escapar à possibilidade de uma outra ditadura (recorde-se a propósito que uma das causas da II GM foi a humilhação da derrota da Alemanha na I GM).
É assim um filme inteligente e cativante (sempre me interessei por temas do género) que merece atenção por conseguir abordar um tema "pesado" de uma forma entendível e porque alerta para o quão facilmente uma sociedade pode cair no fascismo se correctamente manipulada.
Vale muito a pena ver.
Quando um professor decide orientar o curso de "Autocracia" numa escola Alemã, o tema acaba inevitavelmente por resvelar para Hitler e o seu Terceiro Reich, porém, os alunos logo se desmotivam, prontificando-se a dizer que a Alemanha não pode sentir culpa eternamente, que já não existem nazis e que é impossível que um cenário daqueles se volte a repetir na Alemanha, sabendo o que sabem agora.
Criando todos os elementos presentes em qualquer ditadura, aquele professor vai acabar por demonstrar, da forma mais negra, o quanto estão enganados. Depressa, o que era uma simples experiência em sala de aula cresce para uma entidade/ unidade social com vida própria. A situação degrada-se quando foge ao controlo de todos, conduzindo a um desfecho trágico e imprevisível, mas também infelizmente realista. De resto, o modo como o final foi filmado - inesperado, rápido, nú e cruel - acentua isso mesmo, invocando ainda o terror dos tiroteios em escolas.
Inspirado por uma experiência social real ocorrida na Califórnia em 1960, este filme levanta questões importantes, não apenas por recriar psicologicamente um passado histórico em condições actuais mas sobretudo por demonstrar a importância do grupo no comportamento do individual. De facto, a princípio, o espectador arrisca-se até a nutrir alguma simpatia por aquele conceito, atendendo ao espírito de equipa que ali nasce. Verifica-se assim o quanto as pessoas são facilmente impressionáveis e manipuláveis (Hitler era um Génio, convenhamos).
O facto do filme ser Alemão (vi com as legendas em Inglês) obviamente engrandece o estatuto do filme por razões de responsabilidade histórica, já que pretende demonstrar que mesmo um País que se identifica a si mesmo como culpado não pode escapar à possibilidade de uma outra ditadura (recorde-se a propósito que uma das causas da II GM foi a humilhação da derrota da Alemanha na I GM).
É assim um filme inteligente e cativante (sempre me interessei por temas do género) que merece atenção por conseguir abordar um tema "pesado" de uma forma entendível e porque alerta para o quão facilmente uma sociedade pode cair no fascismo se correctamente manipulada.
Vale muito a pena ver.
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