Promiscuídades

Sentou-se no parapeito da janela a fumar, um fumo que lhe escorrega entre os dedos, brinca como em sombras chinesas. Olha o nada e recebe no peito revelado o calor da noite transbordante de odores perdidos e memórias doces. Está apenas de soutien, branco e às bolinhas rosa e azuis. Olho-a e, quando os nossos olhares se cruzam, ela sorri-me de cumplicidade.

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