Saborear o teu nome

Senta-te a meu lado, bem junto a mim, com a tua respiração a tocar o meu pescoço. Aninha-te em mim, deita a cabeça no meu colo e descansa como se hoje fosse sempre. Quero fazer-te festas suaves no teu cabelo perfeito, embrenhar os meus dedos no perfume do teu cabelo sedoso. Fico sempre com as mãos mais macias quando a ternura me invade, alguma vez deves ter notado. Apetece-me encher-te de carinho até adormeceres, sem esforço. Hoje não te chamo meu amor. Há quanto tempo não o faço já, afinal? Hoje chamo o teu nome, lento, lentamente, a saborear cada sílaba vagarosa que se desfaz na minha boca. Quase me apetece escrevê-lo, os dois, que eram meus. Ouves-me enquanto chamo o teu nome? Repito-o, lenta, lentamente, até perder o sentido. Até que se perca no fundo de mim.

(não, não te assustes. são só tiradas poéticas e românticas, não são declarações. não confundas. mas sim, hoje far-te-ia suaves carinhos no cabelo, como faço por amizade à Lena, que ela tanto adora. apetece-me. hoje chamo o teu nome, não para que se torne real, mas na esperança de que me oiças e compreendas. fala-me. continuo aqui.)

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