Não (te) compreender

Talvez seja melhor assim, não saberes. Não fomos feitos para compreender. Por mais que te esforces, que formules hipóteses, que vasculhes o que está embaixo, que conheças as partes, nunca consegues chegar lá, ao todo, não está, simplesmente, ao nosso alcance. Só a dúvida e a inquietação e o desespero de quereres e não conseguires.
Talvez se não souberes eu possa dizer de ti tudo o que sempre quis, todas as palavras ocultas que tenho deixado perdidas nas curvas do teu corpo, aquelas que não notas e que são sinais na tua pele queimada do Sol. Talvez se não souberes te possa contar, descontraída, do amor mais belo que guardo e, então, talvez descubras. Ou talvez não. Talvez seja melhor assim. Só.

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