Sempre gostei do que está nas entrelinhas, lá, quedo, à espera de ser decifrado e tantas vezes escrito com esse único propósito. Um remorso súbtil das palavras não ditas, a cobardia de uma declaração com medo de não ser correspondida, secretos sentimentos que a cordialidade ou os bons-costumes não permitem ostentar em público, ironias dissimuladas e eufemismos descarados, mensagens em código para escaparem a escrutínios menos criteriosos e a interpretações fáceis e traiçoeiras. Ler nas entrelinhas é o mais divertido e o mais complexo, confunde, desorienta, pode deixar-nos perdidos, ou obcecados. Afinal, para bom entendedor deveria bastar meia palavra. Todavia, às vezes, um charuto é só um charuto.
* (quer ser tão diferente que não percebe que é tão igual)
* (quer ser tão diferente que não percebe que é tão igual)
5 comentários:
Não querida. Não há segundos sentidos. Primeiro porque sentes quando é para ti, essa coisa que se sabe mas não se explica. Depois porque mesmo quando isso falha e a mensagem não passa? o outro lado grita mais alto e é mais especifico (ou não)
Afinal nessa coisa das paixões somos todos iguais..
@ Margarida: olha que há, Margarida, olha que há. :p Até este texto pode ter um eventual segundo sentido nas entrelinhas. :)
@JAM: concordo mas...quem falou em paixões? :p
O meu sentido levou-me para essa ideia, eu sei que este texto poderia ser levado para muitas direcções mas para mim,e é assim o meu espirito(sempre apaixonado), deu-me para pensar assim.
Felizes daqueles que estão sempre apaixonados. Sobretudo pela vida. :)
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