Há o teu cabelo vivo que vive fora de ti, que não se molda porque não quer obedecer a leis de fora e que te torna inigualável, contorcionista que se expande no toque seguro e preciso da minha mão que tudo quer em si. O teu cabelo, e quanto mistério em cada fio a deslumbrar-me de surpresa e encantamento. E há a tua boca perfeitamente definida como nas pinturas mais belas, fruto doce e saboroso, e único capaz de saciar uma sede imensa. Não sei escrever de ti sem pensar na tua boca. Há os teus olhos pequenos e ternos e o teu riso solto e leve, que é o que melhor quero guardar para mim. E há todos os dias em que me lembras que há mais, todos os momentos em que me despertas para uma vida a acontecer e indiferente às pausas que lhe quero impôr. Hás tu e uma janela aberta para o futuro. Antes de ti e depois de ti.
Sem comentários:
Enviar um comentário