Desculpas

Na minha cabeça ecoam palavras que aguardam fuga, frases que se criam em cadência apressada entre o meu dia por vir e a noite crescida. Histórias sobre a distância e a culpa que em sorte lhe deito, pretexto mais fácil de aceitar, histórias sobre a sinceridade de uma resposta ao desespero de uma pergunta, do sofrimento como recurso estilístico para enaltecer uma morte anunciada mesmo que de amor, sobretudo dele, e também outras versões para o mesmo final, sempre, até que o apague, nunca. Mas existe o cansaço. Tal como afinal existe distância, existe também cansaço. E hoje sinto-me cansada.

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