"Como é que eu posso abdicar daquilo que ainda nem sequer experimentai, por uma rapariga que, mesmo tendo um dia sido a mais deliciosa e a mais provocante do mundo, acabará inevitavelmente por se tornar tão banal aos meus olhos como um bocado de pão. Por amor? Que amor? É por acaso o amor que une todos esses casais que nós conhecemos - os que ainda se dão ao trabalho de estar unidos? Não será algo mais parecido com a fraqueza? Não será antes o comodismo, a apatia e o sentimento de culpa? Não serão antes o medo, a exaustão e a inércia, a pura e simples falta de coragem, mais, muito mais do que esse "amor" com que eternamente sonham os conselheiros matrimoniais, os cançonetistas e os psicoterapeutas?"
Philip Roth, O Complexo de Portnoy
2 comentários:
Talvez, mas há casais que resultam! Deixem-nos ao menos tentar...
Força, tentem, tentem. Têm a minha bênção.
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