Photos are for those who can't remember

Digo-te que, tal como com o outro, quando acabei de ler o livro tive a certeza que ainda ia voltar. Tenho de, tenho de, morrer ou renascer, agora ou depois, sei que vou. Ficas reticente e respondes-me num desvio torto, tortuoso. Tens a tua suspeita razão e eu a minha. Não são já objectivos de conquista, os olhos nos olhos que te trariam, ou as noites sem passado e sem futuro, mesmo que continue a achar que todos os amantes as merecem, também dessa forma, o prazer sem a dor. Exorcizar. Há um momento, o momento, que já foi. Agora sou só eu e a tal física da busca, o equilíbrio e as outras tretas todas que fazem as mulheres chorar em filmes de auto-ajuda e comprar pulseiras de placebo coloridas. Voltar é uma terapia tão (in)eficaz como qualquer outra. Desta vez, sem fotografias.

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