The heart asks pleasure first

Não teria como saber, é certo. Poderia talvez pela linguagem, a não-verbal, presente e à espera de uma resposta ou quiçá pelo cansaço no consentimento. Não poderia saber o quanto a irrita, diminui ou afasta. Não conseguiria adivinhar que já antes, assim, ao meu lado e não para mim, lembrança e tão presente, desejo inconsciente. A culpa não é sua, não teria como saber. Mas, apesar disso, a cabeça baixa em revoltada resignação, as palavras vagas para calar o silêncio dos nossos passos lentos naquela avenida apressada. Onde estavas tu, que te não via?

Vai. Mata as vontades e as saudades, enche-te de vida e de amor e só então regressa. Uma presença ausente dói mais do que uma ausência presente.

(não comeces. não sejas egoísta. não despertes o que não podes calar, cisne negro.)

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