Find yourself guilty

O choro legitima mais do que o riso? O que se faz quando deixa de existir um culpado a quem podias responsabilizar? Tinhas um pressuposto que, não perdoando, tornava-te a mágoa mais fácil, quem sabe se fosses tu como seria. E agora, existe sem pretextos, sem ser motivo era um motivo e agora é só um gesto nu e sem vergonha. Somos os únicos responsáveis dos nossos actos, lembraste-me.
Vais tentando ceder à tentação da pergunta com uma lucidez de louco. As mulheres não gostam de perguntas. Não perguntes se tens medo da resposta, se não aguentas.  Não perguntes como foi aquele. E não perguntes como serão os próximos. Não perguntes nunca mais porque cada fim-de-semana será esse grito de muda comparação. Não tu, não tu, contigo não. Por isso não queiras saber, não faças contas, não queixes. Acima de tudo, não perguntes. Sobretudo a ti mesma.

Nesta história toda que não é nenhuma, não saberemos nunca dizer quem foi o mais egoísta.

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