Não namores uma rapariga que lê

"vai-me mas é buscar uma cerveja, sweety. e não namores com uma miúda que lê, muito menos com uma que escreva. que seja antes gira e bem disposta, leve e ambiciosa: que queira uma casa com quintal, três filhos e uma televisão a cores para verem filmes policiais ao domingo, pés enterrados na areia em agosto e uma ou duas fotografias em paris pelo vosso aniversário. namora com uma rapariga que esteja disposta a andar com uma fotografia tua na carteira, que te dê beijinhos no pescoço quando acordas e que dance - e que dance. que saiba inglês, que arrisque nas ostras, que não vá em implantes. man, as miúdas que lêem têm cabecinhas sobrevalorizadas, barrocas em jeito prafrentex, e mania desde o rouge da unha do pé ao cabelinho que deixam no teu lençol. mania de ficcionar, de querer romance, poesia, aventura no boteco, paixão no supermercado, desamor e quebra-cabeças porque sim, porque sim. miúdas que lêem não suportam rotina e acham sempre que falta qualquer coisa - suspense, acção e sangue. são lindas quando bebem de mais, as miúdas que lêem. ficam iguais às outras."

Catarina, da sempre Trama
(e que estará amanhã 18h pela Feira, dizem)

3 comentários:

CarMG disse...

as mulheres e a mania de pensarem por elas... um aborrecimento ;)

JAM disse...

Como gajo que ficou sem conseguir ler devido a namorar com uma miúda que não só lia mas devorava livro atrás de livro, concordo em parte com este texto. Por muito que goste de mulheres que lêem, as experiências que tive na área foram péssimas, e exactamente pelas razões denunciadas no texto. Acabámos justamente pela diferença de visões da realidade e parvoíces do género..

Luz disse...

vou seguir
:)