A D. Aurora, a Sra. Florinda e a Noémia

A par dos almoços de Domingo, sinto-o como o último luxo de uma decadente burguesia: lavar o carro à frente de casa e passar-lhe a camurça para limpar quaisquer marcas de água.
As vizinhas passam e sorriem, contentes de me verem pela aldeia, perguntam se está tudo bem e seguem o seu caminho. Não fazem a menor ideia da minha vida, da minha profissão ou do que ando a fazer, no geral. Só sabem que estou em Lisboa, que já não vou à missa aos Domingos e que ainda não casei.

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