Ela na verdade são duas. Duas mulheres por inteiro, consonante, consoante e vogal. Frases decompostas, esquartejadas e feridas, enlaçadas pela sabedoria de quem sabe quem é. Se fosse singular diria que era um plural, mas por ser duas vive essa hegemonia da partilha individual. Não se fala da Ana sem trazer por acréscimo a Carolina. É que uma não vive sem a outra e só na sua união é que se vive a instrumentalização musicada que é a vida nesse prisma melódico. A vida é assim mesmo, uma prosa em formato de poesia adocicada por um sotaque meloso de realidade transigente. A vida como ela é, brasileira, de pés assentes na terra, leves que se deixam esvoaçar e embalar nesse balanço gostoso tropical. Ana Carolina como ela é, dupla por inteiro.
(no LeCool)
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