E ao sétimo dia descansou

Podes jantar quantas mais vezes aceitar, podes pintar os olhos como gosta, podes o teatro ou o cinema, o passeio ou a viagem, podes fazer o que te apetecer, o que conseguires, o que puderes. Talvez se fosse uma birra ou um mal-entendido, uma dúvida ou uma conversa inacabada. Não aqui. Perguntas e a resposta não alterou. Os sinais, como os amigos imaginários, estão apenas com quem os vê. O tempo não consegue criar o amor, talvez a saudade. A distância não consegue criar o amor, talvez a clareza. Tempo, distância, confirmam mas não criam. Não se pode criar o amor. Os teus olhos brilhantes eram da luz, a minha voz tremida era da sangria.

(não sei o que faço. não sei o que faça.)

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