O fim não acontece no momento em que se finaliza, mas no momento em que se aceita.
Entrelaçar ainda os dedos nos teus dedos, brincar com as tuas mãos, a cor dos teus olhos tão tua, a boca tão próxima, o tom com que sempre atendes o telefone, o modo como colocas o braço enquanto falas e conduzes, as expressões que só oiço em ti, o som do teu riso e os olhos pequeninos quando o sono surge, pequenina.
Nem passou ainda um mês e tudo parece tão longe e estranho. Dizes que ainda temos de ir àquele restaurante e àquele concerto, àquele sítio e àquela viagem. Será isso também simbiose. Seremos amigas e faremos tudo o que ainda não foi feito. Tens razão quando dizes que os hábitos mudam-se. Já não acordo às 7h20, passei a tomar banho de manhã, janto a más horas. Os hábitos, os sentimentos, a vida.
Todas as semanas te perguntei se algo mudou. Não mais vou perguntar, pois agora sei a resposta.
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