As dores fechadas em caixinhas

Há sempre coisas que eu não vou saber, caminhos que são só teus, vim agora e não os sei. Não sei falar dessas coisas e às vezes tenho medo do escuro ainda, das sombras que se criam, monstros debaixo da cama, sopros de lado nenhum.

Não te disse que passei a manhã a pesquisar notícias até encontrar aquela, num jornal regional, com o nome. Não me perguntes porque raio precisei de fazer isso.

Eu não sabia das tuas dores fechadas em caixinhas, dos caixõezinhos, como ele diz, que levas no peito. Mas acredito que importa a vida e que nunca a fazes só por ti. Mesmo que não te leve a dor, eu quero ser vida para ti. Mesmo que tudo seja diferente, eu quero que na felicidade tu sejas feliz e que o meu riso te faça rir. Percorre os caminhos que precises. No final desse caminho eu espero-te, garanto-te, a tua mão na minha mão, e tu nunca mais partirás.

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