Don't be a maybe

Houve aquela frase que tu escreveste sem olhar para trás, porque tu nunca olhas, a mesma frase que eu interpretei, porque tento sempre interpretar. "Fica minha", como se fosse uma transição ou um feitiço, mais do que um desejo, um estado. E depois dizeste aquela perguntas dos se, aquele tipo de pergunta que me parte sempre a cabeça, porque nos detemos demasiado nos se. Fizeste a pergunta e disseste que todas as noites esperavas que eu voltasse com aquela resposta. Talvez não saibas o quanto me doeu ouvir-te  aquela resposta, que não ta dei.

E então foi preciso contar-lhe tudo, dizer-lhe da minha loucura e desta necessidade, esclarecer esse talvez que para ti era uma quase certeza. Os pressupostos são isso mesmo, legítimos mas também falíveis. E eu não sei se foi uma libertação, uma confirmação, um alívio, outra coisa qualquer, mas foi importante. Sei aquilo da lealdade e do para sempre, da pureza que nos sobrou e do amor que há. Desejaste-me o amor. Foi, acho, uma espécie de bênção.

Sem comentários: