Andei com o "caminho de voltar" todo o dia na cabeça.

Não sei quanto de ti ruiu mais ou como podem escombros desabar sobre escombros. Pergunto-me de bruxas, maus-olhados e essas coisas estranhas em que alguns acreditam. Não digo o quanto te admiro a força só porque somos nós e entre nós essas coisas de elogios soam sempre estranhas. Se hoje te disser que estás tão bonita és capaz de pensar que é só porque estou apaixonada. Ainda que no dia seguinte sintas no corpo o esforço dessa força, tu és assim. Bem tinhas razão quando um dia disseste que eras mais forte do que eu e numa clara demonstração me venceste com um beijo, o primeiro. As coisas que não se esquecem. Se hoje quiser falar de força, melhor, de resiliência, não consigo sem que não invoque o teu nome, mesmo que a todo o momento me apeteça invocar o teu nome. Em vão, dirão. 

Vinha a pensar em ti pelo caminho - acontece-me muito pensar nas partes importantes da minha vida enquanto caminho - e apercebi-me do teu tamanho. Eu explico. Pensava nessa força que se renova, uns dias mais a custo que outros, naturalmente, e, sem me obrigar a raciocínios de maior, surgiu-me como uma anunciação o facto do teu nome serem só três letras, tanto que tive imediatamente de te informar desta situação. O teu nome são apenas três letras a brincarem à apanhada, letras que se repetem, um nome como um poema em aliteração. Três letras que se duplicam e que te fazem um nome que é maior do que três letras, tal como tu, bem vês - uma força que poderiam julgar pequena, minguante, mas que a cada dia te faz maior.

E não sei já se esta comparação faz sentido. É bem provável que este texto não seja sobre a tua força nem sobre o teu nome mas só sobre ti.

(o medo que quebres. o bálsamo.)

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